The Cloisters são um braço do Metropolitan Museum of Art de Nova York, dedicado exclusivamente a peças e obras medievais que, junto com a própria estrutura, vieram da Europa. Trata-se de uma visita imperdível para quem vai a Nova Iorque – mesmo estando fora do burburinho de Manhattan, na contramão de outros passeios.
Se você ainda não conhece o MET, dê uma olhada no post Metropolitan Museum of Art, o imperdível de Nova York, do blog Destinos por onde andei. Lá, tem tudo o que você precisa saber para visitá-lo.
O edifício do museu The Cloisters não é uma cópia de qualquer estrutura medieval específica, mas sim um conjunto de espaços eclesiásticos e seculares, partes dos claustros medievais – Saint-Michel-de-Cuxa, Saint-Guilhem-le-Désert, Trie-sur-Baïse, Froville e elementos que se pensava terem vindo de Bonnefont-en-Comminges – e de outros locais na Europa.
The Cloisters: como chegar
Os claustros ficam no Fort Tryon Park, que foi desenhado por Frederick Olmstead Jr., filho do criador do Central Park. O bairro é o Washington Heights, em Uptown – lá no fim da ilha, no alto de um morro à beira do Rio Hudson. A sugestão é pegar a linha A do metrô, no sentido uptown, descer na estação da 190 Street e ir caminhando até o museu. A estação fica na frente do Fort Tryon Park. Também dá para pegar o ônibus M4, na entrada do parque, para chegar ao museu. Ou ainda, pegar o ônibus M4, na Medison Avenue e ir direto até o parque. Esse trajeto dura um pouco mais de 1 hora. Mas, usando o metrô expresso, ele é feito em 45 minutos.
O museu é um prato cheio para aqueles que apreciam um passeio tranquilo, num lugar bucólico, bonito e relaxante, e também, claro, para aqueles que se interessam pela arte da idade média.
O parque em torno
A primeira coisa que nos damos conta ao chegar ao parque, considerado um dos mais bonitos dos Estados Unidos, são os jardins. Em seguida, a imponência do prédio. Ali, estão incorporados cinco claustros medievais europeus, que foram desmontados e montados, outra vez, no Fort Tryon Park, na década de 30.
No documentário abaixo, de 28 minutos, podemos ver o desmantelamento da igreja de San Martín em Fuentidueña, Espanha, e sua reconstrução no Fort Tryon Park, através da imagens de arquivos, comentários de historiadores e de funcionários responsáveis pelo trabalho.
The Cloisters: o que há para ver
O acervo conta com mais de 5 mil peças, nem todas em exposição: tapeçarias, livros, manuscritos, quadros e objetos da Europa medieval, dos séculos 12 ao 15. Mas, o que há de mais valioso no museu são as lendárias Unicorn Tapestries, um conjunto de tapeçarias, do século 15, denominado “A Caça do Unicórnio”. Elas simbolizam a alegoria da Encarnação, com Cristo representado pelo unicórnio – símbolo de pureza.
Nas paredes do museu estão sete tapeçarias, cheias de simbologias e documentadas, pela primeira vez, em 1680. Não se sabe, ao certo, onde e quando elas foram feitas, nem por quem. Há quem diga que foram desenhadas em Paris e produzidas em Bruxelas. Mas é tudo especulação. O certo é que, naquela época, a tapeçaria era o que havia de mais caro e luxuoso, em se tratando de obras de arte.
História
O que se conta é que as tapeçarias foram roubadas da família Rochefoucauld, durante um levante dos camponeses, na Revolução Francesa. Só foram achadas sessenta anos depois, quando um membro da família, em busca dos tesouros roubados, foi levado a uma mulher que tinha umas cortinas velhas jogadas no celeiro. Lá, ele encontrou as tapeçarias protegendo a vegetação da geada.
Uma delas é esta, abaixo: “Unicórnio em cativeiro“, onde o bichinho se encontra preso, embaixo de um pé de romã, que representa o amor. O chifre está cercado de flores, o que potencializa a fertilidade. Esta é a tapeçaria mais famosa e está impressa em bolsas, cartões postais e camisetas à venda na lojinha do museu.
Os unicórnios
O unicórnio é um mito grego, difundido na idade média, em 1500, muitos acreditavam na sua existência. O seu único chifre simboliza a fertilidade e é considerado medicinal. Na tapeçaria abaixo, o unicórnio é encontrado junto a uma fonte e a outros animais exóticos. Os frutos e as ervas são purificadas pelo contato do chifre. Alguns estudiosos fazem uma analogia dos caçadores com os doze apóstolos de Cristo.
The Cloisters, além das tapeçarias
O museu não vive, apenas, das festejadas tapeçarias. Lá estão, em exposição, a tumba do Conde Urgell, um nobre espanhol que viveu no século 12; esculturas, iluminuras, vitrais do convento carmelita de Boppard-am-Rhein, capela, salas inteiras trazidas da Europa.
Os Jardins
Além de percorrer o museu, que é pequeno, o visitante deve caminhar pelos jardins, que são réplicas de desenhos medievais e onde são cultivados mais de 200 tipos de plantas e flores oriundas dos jardins dos monastérios europeus. O museu oferece, gratuitamente, o “Tour Highlights”, que mostra ao visitante, a coleção principal e os jardins.
As tapeçarias
Em 1925, as famosas tapeçarias do unicórnio, que pertenciam ao escultor e colecionador George Grey Barnard, atravessaram o Atlântico para um evento em Manhattan. Nesse evento, o filantropo milionário John D. Rockefeller Jr. viu as preciosidades e, imediatamente, comprou as tapeçarias, transferindo-as para o museu.
Rockefeller Jr. doou um terreno para a cidade, em 1930, no entanto, quando ele fez essa doação, impôs que uma parte fosse destinada aos Cloisters. Logo a instituição se preparou para receber a estrutura e deu início aos jardins, que foram desenhados conforme os da época. O resultado foi tão bom que The Cloisters já serviram de cenário para vários filmes ambientados na Europa.
The Cloisters: como visitar
O museu abre sete dias por semana, de março a outubro, das 10 às 17h. De novembro a fevereiro, das 10 às 14:45. E fecha nos feriados do Dia de Ação de Graças, 25 de dezembro e 1º de janeiro. O ingresso comprado para o The Met Cloisters é válido por três dias consecutivos, e também, para o The Met Fifth Avenue e o The Met Breuer.
The Cloisters: valores
Adultos US $ 25
Idosos (acima de 65 anos) US $ 17
Estudantes $ 12
Crianças (menores de 12 anos) Grátis
Respostas de 38
Fantástico!
Obrigada!
Sempre que vejo suas postagens, aumentada a minha vontade de viajar………muito bacana!
Que bom!! O propósito é esse: inspirar! Obrigada!
Que dica sensacional do The Cloisters. Eu o desconhecia e agora que sei que é um museu medieval em Nova Iorque, vou visitá-lo. Amamos museus e com acervo medieval, será incrível a visita.
Deyse, e esse museu é importantíssimo, tem umas tapeçarias preciosas, além do próprio prédio, que é lindíssimo.
Programe-se para conhecê-lo da próxima vez. Tenho certeza de que você vai gostar muito!
Grande abraço!
Que interessante este museu!! Não cheguei a conhecer, amei as informações do blog e -principalmente- as curiosidades apresentadas!!
Obrigada, Tamara!
The Cloisters é um pouco desconhecido porque fica um pouquinho longe das demais atrações da cidade. Mas, vale super a pena conhecer. Além do que, se você for de ônibus, como eu fui, vai adorar a paisagem!
Grande abraço!
Que lugar maravilhoso é o The Cloisters: um museu medieval em Nova Iorque. Tive na cidade h’a muitos anos e preciso voltar! Já coloquei na minha este museu incrível! Ótimo post, super completo e informativo!
Que bom que você gostou, Cíntia! fico muito feliz com esse retorno.
The Cloisters é um belo programa em NY. Não deixe de visitar da próxima vez, você vai adorar.
Obrigada pelo comentário. Grande abraço.
Muito interessante The Cloisters. Eu não Bahia que tinha um museu medieval em Nova Iorque. Ótima dica!
Ele fica um tantinho mais longe das outras atrações, mas vale a pena conhecer. Prédio e obras muito importantes, que deve constar do seu próximo roteiro!
Obrigada, Ângela, pela visita e comentários!
Grande abraço.
Nunca tinha ouvido falar do The Cloisters em Nova York e fiquei super curioso para conhecer. Na verdade, acaba que tudo acima do Central Park vai ficando fora do roteiro comum em NY. Já anotei nos meus “must see” de Nova York.
Leo, você vai se surpreender com essa joia escondida…
Não sabia que existia um museu medieval em Nova Iork, Adorei conhecer o The Cloisters através do seu blog. Já entrou para o roteiro da minha próxima visita a NY.
Que legal, Luciane!
Tenho certeza de que você vai adorar!
Eu sou apaixonada por museus e agora quero voltar para os EUA para conhecer o The Cloisters, o museu medieval de Nova Iorque! Parabéns pelo post!
Alexandra, este é um museu que você não pode deixar de conhecer, além disso, fica num lugar muito bonito!
Que incrível conhecer o The Cloisters por seus olhos. Eu não tinha ouvido falar sobre esse lugar ainda, e fiquei muito curiosa. Como queria voltar a Nova York.
Norma,
Daqui a pouco a gente já vai poder programar nossas viagens com segurança. Também estou aflita para isso!
Eu amo conhecer muito o que diz respeito ao período medieval. Ainda não conheci The Cloisters, este um museu medieval em Nova Iorque, preciso conhecer logo!
Deyse, se você gosta desse período, não pode deixar de conhecer The Cloisters! Você vai se surpreender.
Nova York sempre surpreendendo! Entre tantas atrações bacanas (conheço algumas de 2 vezes em que estive na cidade), há também essa opção de conhecer os The Cloisters. Amo museus e fiquei morrendo de vontade de conhecer esse acervo incrível.
Realmente, Cíntia, Nova Iorque é uma cidade surpreendente e inesgotável. Tem sempre uma surpresa, uma joia escondida, o que nos faz voltar à cidade várias vezes.
The Cloisters é um museu muito especial, embora seja questionável o fato de tudo aquilo ter sido retirado de suas construções originais. Mas já que as peças estão lá, vamos admirá-las. Pelo menos estão preservadas e acessíveis ao público.
Sylvinha, eu nunca soube desse questionamento. Aceitei tudo como verdade absoluta…rsrsrs mas é interessante saber isso.
Eu nunca tinha ouvido falar no The Cloisters! Estou indo para Nova York em abril e já quero colocar esse passeio no meu roteiro! Um museu medieval em plena Nova York é incrível!
Lua, não deixe de visitar o museu, que é lindíssimo e o passeio até lá, muito interessante.
Já estive em Nova Iorque algumas vezes mas nunca soube da existência deste museu medieval. Já anotei a dica é quero conhecer o The Cloisters quando voltar a Nova Iorque. Obrigada.
Cecília, na sua próxima ida a Nova Iorque, não deixe de conhecer o museu. Você vai gostar.
Adoro museus e amo Nova Iorque, mas ainda não conheço o The Cloisters. Já fui várias vezes à cidade e em cada uma vou a um museu diferente, mas quando voltamos com os filhos acabamos repetindo do MHN que eles adoram, e o The Cloisters ai ficando para a próxima, está no roteiro sempre e depois de ver esse post vi que não posso adiar mais :).
Cynara, na próxima viagem, faça essa visita acontecer.
As crianças vão adorar. O museu tem um ar misterioso, fica no meio de um parque, é muito legal pras crianças.
Nao fazia ideia de que havia algo assim em Nova York. Vou passar ano novo la e acabei de colocar no meu roteiro! 😀
Diego, não deixe de ir ao museu na sua viagem a Nova Iorque. Tenho certeza de que você vai gostar muito.
Que ótima dica para Nova York. Não conhecia The Cloisters. Muito interessante esse museu medieval.
Angela,
O museu é pouco conhecido, está um pouco fora do circuito, mas é lindíssimo e quem vai, adora!
Que coisa mais linda este museu, Sônia. Já visitei Nova York em três oportunidades e nunca tinha ouvido falar no Cloisters, claro que se tiver chance de retornar à cidade vou incluí-lo em meu roteiro, porque sou verdadeiramente apaixonada por museus. Adorei!!! Beijos.
Gisele, esse museu é um pouco fora de mão, as vale a pena conhecer. Eu também adoro museus e não deixo escapar nenhum! rsrsrs Não deixe de incluir na sua próxima ida à cidade. Garanto que você não vai se arrepender!
Beijo!