Stonehenge: mistério e fascínio

O mistério de Stonehenge tem fascinado pessoas por séculos. O círculo de pedras, localizado em Salisbury, Inglaterra,  é um desses mistérios indevassáveis espalhados pelo planeta. Assim como Machu Picchu, Nazca, Chichen Itza, Ilha de Páscoa, entre outros, ele habita o sonho de muito viajante curioso, místico ou esotérico. Mas, chegar lá, não tem mistério.

Stonehenge: por que visitar?

Chegar a um desses lugares e ver como outras civilizações construíram esses verdadeiros desafios para as gerações seguintes é instigante. E Stonehenge fica tão pertinho de Londres…! Seria bobagem não dar um pulinho até lá para ver isso tudo de perto.

Stonehenge: como chegar

Uma vez em Londres, o visitante deve pegar um ônibus, na Victoria Station, ou um trem na estação de Waterloo para Salisbury. A catedral e claustro da cidade, ambos às margens do Rio Avon, formam o conjunto mais fotografado e pintado do país.

De carro para Stonehenge

Mas….o ideal, mesmo, é alugar um carro e ir até lá, com a liberdade de parar quando bem entender, observar as plantações e as cidadezinhas pelo caminho e aproveitar para experimentar dirigir na mão inglesa. Não tão divertido, porém, mais cômodo, é pegar uma das excursões de apenas um dia, que partem de Londres, diariamente.

Salisbury

Em Salisbury, que fica a uns 130 quilômetros de Londres, pega-se um ônibus para Stonehenge, que fica a 18 quilômetros dali. Portanto, a cidade deve fazer parte da visita – não só por causa dos museus com objetos pré-históricos que ajudam a contar um pouco da história da região. Mas porque guarda o encanto típico das pequenas cidades inglesas. E Stonehenge não consome tanto tempo assim. Dá para visitar Salisbury e Bath, que ficam bem perto.

Stonehenge: lenda e realidade

Stonehenge é o monumento pré-histórico mais importante do Reino Unido e a sua estrutura não se iguala a nenhum outro em todo o mundo. Trata-se de um altar de pedras de 5 mil anos mas, até hoje, não se sabe ao certo a sua finalidade. Muitos acham que foi um antigo templo druida, local onde rituais e cerimônias religiosas eram realizados por sacerdotes celtas, ou um observatório astronômico que marcou importantes eventos no calendário pré-histórico ou, ainda, um portal para extraterrestres.

Celtas

Contudo, não foram os celtas que construíram Stonehenge. Eles chegaram à Grã-Bretanha muito tempo depois, quando tudo aquilo já estava em ruínas. Os celtas apenas herdaram a tradição e os costumes dos antigos frequentadores e seus sacerdotes druidas continuaram usando o altar nas suas cerimônias. As pedras chegaram ali muito antes da era cristã, quando, em teoria, ainda não havia tecnologia capaz de transportá-las, levando a crer que algo sobrenatural tenha realizado esse transporte.

Lenda

Segundo a lenda do Rei Arthur, o Mago Merlin, com a sua magia, foi o responsável pela chegada das pedras a Salisbury. Um historiador da época diz que as pedras teriam vindo da Irlanda, mas que teriam sido trazidas por gigantes, da África. Lenda ou não, o fato é que as pedras estão lá, enormes, milimetricamente cortadas. Outras, as menores e azuis como as do País de Gales, a 400 quilômetros, com pesos variando entre 25 e 45 toneladas. No vídeo abaixo, a história de Stonehenge (em inglês).

Segurança

Muitas dessas pedras têm desenhos e inscrições já meio apagados pelo tempo, feitos pelas antigas civilizações. Chegar perto, nem pensar. Uma corda cerca as pedras limitando a aproximação dos turistas. Andar entre elas e tocá-las só é possível no Solstício de verão, quando acontece o dia mais longo do ano.

Rituais em Stonehenge

Nessa oportunidade, magos, druidas, bruxas e toda a sorte de espiritualistas/esotéricos lotam o local. Eles cantam e dançam ao som de tambores e apitos, com tochas de fogo na mão. O ritual, mesmo considerado folclórico por alguns, é bonito de se ver e a energia que emana da cerimônia é contagiante.

Stonehenge, hoje

É bem verdade que o monumento, mesmo em ruínas, continua instigante, atraindo quase 1 milhão de visitantes por ano. Originalmente, o círculo externo media 86 metros de diâmetro e o círculo interno, 30 m. Uma espécie de avenida, larga e comprida, com impressionantes portais de pedra, fazia às vezes de entrada principal. Ali, eram verificados o alinhamento do sol e os ciclos da lua pelos druidas.

O fim de Stonehenge

Em 1600 AC, Stonehenge chegava ao fim. Muitas pedras desapareceram, o desenho está incompleto. As menores foram carregadas por visitantes, a título de souvenir. Só em 1918 é que houve uma conscientização de que o local deveria ser recuperado e preservado. A partir de então, as pedras que estavam inclinadas ou por tombar foram reerguidas e, hoje, uma instituição inglesa, o English Heritage, administra o lugar.