Pushkin: Museu-casa
Entre mais de 80 de museus, em Moscou, por que o Museu-casa de Pushkin está entre os imperdíveis? Simplesmente porque Pushkin é um must, no país inteiro. Poeta, dramaturgo e romancista, Alexander Pushkin nasceu em 1799 de uma família aristocrática russa. Aristocrática e rica, fina. Falava-se francês em casa, imagine! Cresceu com a avó e a babá lendo histórias para ele.

Pushkin: o maior de todos
Ele é considerado o maior poeta e fundador da literatura russa moderna. Com 20 anos, já tinha construído uma reputação, e influenciou personalidades como Gógol, Dostoiévski e Tolstoi, bem como compositores como Tchaikovski e Mussorgskimas. Mas, era reconhecido, também, pela rebeldia. Em 1820, ele foi exilado. O governo czarista não aprovava a sua poesia liberal, mas ele acabou sendo libertado, tempos depois.

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100 anos de Pushkin
Nos cem anos da morte de Pushkin, em 1937, Stalin, para ter o apoio da população, resolveu torná-lo um deus socialista. O escritor, que era reconhecido como um gênio literário, apenas, pela elite intelectual, de uma hora para outra, tornou-se uma unanimidade, uma paixão nacional. Seu nome foi dado a ruas, praças, escolas, estações de trem e metrô, selos, instituições e monumentos. Escolas organizavam exposições sobre ele, palestras era ministradas, seminários e mais uma infinidade de coisas, como os clubes de adoradores, que brotavam a cada dia, reunindo conhecedores da sua obra. Assim, Pushkin ganhou o coração e a mente do povo russo.
Menininha diz um poema do escritor
On line
Existe, até, um site sobre literatura, cujo nome, Nezarastet é inspirado nas obras do poeta, que organizou 365 poemas do próprio para enviar, por e-mail, gratuitamente, toda manhã – em russo, claro. É só se inscrever. O único problema é que os poemas são em russo, mesmo.

Pushkin em Moscou
Como não poderia deixar de ser, dois dos endereços do poeta foram transformados em museu: um em Saint Petersburg e outro em Moscou.


Museu-casa de Pushkin: onde fica
O Museu-casa de Pushkin, em Moscou, fica na Ulitza Arbat 53, rua preferida dos intelectuais da época. O museu é aberto à visitação das 10 às 18 horas, às quartas, sextas e domingos, e de 12 às 21h, às quintas-feiras. Na última sexta-feira do mês, ela fica fechada.


A casa azul
O poeta alugou essa casa azul, quando se casou com Nathalia Gontcharova. Mas foram, apenas, por poucos meses. Logo, ele se cansou de morar em Moscou e se mudaram para Saint Petersburg. Embora o clima entre eles fosse de romantismo e felicidade, logo surgiu um boato de que o cunhado estava de olho na sua mulher, Nathalia. Pushkin desafiou o cunhado, que era um militar francês, para um duelo. E no combate, foi ferido mortalmente. Dois dias depois, o marido hipoteticamente traído morreu.

Exposição
A casa onde funciona o museu é grande, tem um andar a mais que o térreo. Devidamente restaurada, a casa do século 19 permanece do jeito que era. Segundo um dos funcionários, muitos objetos e móveis foram perdidos. Muita coisa ali, em exposição, pertence aos amigos e moradores que vieram depois. Mas, é rica em documentos, fotos, objetos pessoais, como a escrivaninha onde Pushkin escrevia. Visitar o museu é conhecer, também, a Moscou dos anos 1800.













Curiosidades
De 1922 para cá, todos os anos, o aniversário de morte do poeta é lembrado com cerimônias oficiais. Os preparativos envolvem toda a sociedade: escritores, poetas, compositores, políticos, professores, celebridades, empresas de cinema, companhias de teatro, para que que ninguém fique alheio à data.
Antes de morrer, Pushkin proibiu os descendentes de escreverem poemas. Ele considerava os dele tão bons que imaginava que ninguém conseguisse fazer o mesmo. Entre os 237 familiares espalhados pelo mundo, nenhum deles escreve.
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