Quando o turista, finalmente, chega a Oslo e se depara com uma cidade organizada e moderna, constata que cada minuto de viagem, até a capital norueguesa, vale a pena. A mais antiga das capitais escandinavas é um verdadeiro deslumbre! E o visitante acaba se apaixonando, assim que passa os olhos pelas ruas arborizadas, pelos parques floridos ou pelos prédios bem conservados da cidade.
Oslo: no início, eram os vikings
Oslo, capital da Noruega, foi fundada em 1048, pelos vikings – aqueles guerreiros altos, corajosos, exímios navegadores, que costumavam comemorar as próprias conquistas exibindo o cérebro do adversário. Eram temidos e retratados por outros povos como se fossem demônios com capacetes de chifres. É essa a imagem que se tem, até hoje, de um viking – seja no desenho animado, na mitologia nórdica (com Thor e seu martelo), ou no imaginário feminino. Na verdade, eles nunca usaram o tal capacete. Quanto à frieza, ninguém discute.
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Thor – interpretado pelo ator Chris Hamsworth, no cinema
Qualidade de vida e Cidadania
Oslo é uma cidade moderna, uma das mais extensas áreas metropolitanas do mundo. O nível de qualidade de vida que alcança a estratosfera. A Noruega já pertenceu à Suécia e à Dinamarca, e também foi ocupada pela Alemanha, na Segunda Guerra Mundial. E, há alguns anos, conserva o maior IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – do mundo.

Andando pelas ruas e observando as pessoas, dá para perceber o cuidado com que o cidadão é tratado. Mesmo aquele que nunca trabalhou na vida, quando chega aos 60 anos, tem o amparo do governo. Ele recebe uma aposentadoria de mil dólares, além de casa, comida, médico e o que mais necessitar.
Os impostos são altíssimos, é verdade. Mas quem não gostaria de pagar tão alto e ter os benefícios que esses impostos, em tese, proporcionam?!
nessa avenida – Karl Johans -, um clube de motoqueiros se reúne nos fins de tarde e fins de semana
no fim da avenida, fica o palácio do rei
Point
A via principal de Oslo é a Avenida Karl Johans, coração da cidade, que vai da estação central a um enorme parque, no meio do qual está erguido o Palácio do Rei. A rua é repleta de restaurantes, bares nas calçadas e um monte de gente bonita circulando: verdadeiros deuses loiros, que lembram os seus antepassados.
Em Oslo, a Karl Johans é o lugar para ver e ser visto. Vale ressaltar que o povo é muito simpático e receptivo, de sorriso fácil e disposto a utilizar o inglês para uma conversa. Nas imediações, estão o Teatro Nacional, o Parlamento, o Museu Ibsen, a prefeitura, a Galeria Nacional de Arte e a Universidade de Oslo.
Oslo: atrações imperdíveis
Castelos, museus, galerias, teatros, parques e palácios noruegueses merecem uma visita, se possível, demorada. O castelo Akershus, por exemplo, de 1300, maior símbolo da independência de Oslo e da própria Noruega, É o castelo mais fortificado da Escandinávia e se destaca pelas suas torres e muralhas.

História
Usado de 1940 a 1945 pelos alemães, quando ocuparam o país, parte do castelo é aberta à visitação pública. Com um preço correspondente a 100 dólares, é possível visitar o Museu da Resistência, o Mausoléu Real, a Capela Real e os salões de festa. Mesmo com esse preço, a visita tem que ser marcada com antecedência, pois se trata de uma visita bastante concorrida!
O Norsk Folkemuseum é um museu a céu aberto, onde estão dezenas de construções típicas do país, de 1500, 1600 e 1700. São casas, igrejas, estábulos, escolas, galpões, tudo muito bem conservado. Até parece que a vida não parou no belo parque onde está situado.
Verão
Durante o verão, grupos folclóricos se exibem para os turistas que visitam o museu. Uns tocam violino, outros dançam. Moças vestidas como camponesas assumem a “padaria” e fabricam, artesanalmente, o pão que se comia antigamente. Assado no forno à lenha, o cheiro e o visual do pão são irresistíveis. Os turistas saem carregados e encantados com a massa e a embalagem que embrulha o pão.
a norueguesa faz o pão artesanalmente – foto do site do museu
História e Cultura
O Norsk Folkemuseum é um museu de história cultural e fica numa península chamada Bygdoy, bem próximo ao Vikingskipshuset – outro museu da maior importância, no país. Ele exibe três embarcações vikings que, por séculos e séculos, permaneceram enterradas. É que os nobres noruegueses costumavam ser enterrados, quando morriam, junto aos seus barcos. O mais importante, pela sua conservação é o Oseberg.
o Vikingskipshuset guarda as embarcações vikings
o barco Oseberg é o mais bem conservado do país.
Salto com sky
O Skimuseet, em Holmenkollen, é o museu dedicado à pratica de “salto com ski” na neve, uma paixão nacional. No mesmo complexo, que abriga o museu, loja de souvenir e restaurante, uma rampa, com mais de cem anos de idade. Esta é a opção de lazer e palco de competição, no inverno. No verão, quando não existe mais a neve, shows variados fazem a programação. Trata-se de uma das maiores atrações do país, com mais de um milhão de visitas por ano.
a rampa tem 60 metros de altura
A vedete da cidade
O Vigeland Park é um capítulo à parte. São mais de 300 mil metros quadrados de espaço verde e bem cuidado, cuidadosamente ornamentado por esculturas em tamanho natural. Essas esculturas contam a história da humanidade. O seu idealizador, Gustav Vigeland dedicou, praticamente, toda a sua vida à obra, que hoje é o maior motivo de orgulho da cidade. São 192 peças esculpidas, com mais de 600 figuras que narram a trajetória do ser humano, do nascimento à velhice. Mas, isso você pode conferir num post exclusivo, nesse blog, sobre o Vigeland Park.
o Vigeland Park e o monolito no centro
Mas, não saia de Oslo sem dar uma passadinha no Museu Munch. Lá estão as obras de Edvard Munch, deixadas em testamento à comuna de Oslo, em 1940. São 1100 pinturas, 15500 impressões com 700 motivos, 4700 esboços e 6 esculturas. O museu ainda guarda 2240 livros, blocos de notas, documentos, fotografias, instrumentos de trabalho e móveis. O Munch foi aberto ao público em 1963 – cem anos após o nascimento do seu artista mais famoso.
O Grito é a obra mais conhecida do pintor. Muitas cópias da pintura foram feitas ao longo dos anos. Três delas estão Galeria Nacional de Oslo, inclusive a primeira, e duas no Museu Munch. Uma outra pertence a uma coleção particular.
Por tantas belezas, história, cultura e civilidade, uma viagem à Noruega é, sempre, inesquecível!
Cidade incrível! Preciso voltar.
Parabéns pelo blog, Sônia.
Ricardo Dória
Sim, voltar a Oslo e conhecer outras cidades em volta. País maravilhoso1
Quando nosso país vai chegar a esse nível, hein, Sônia? Certamente, não vamos estar aqui pra ver.
Gustavo
É verdade… eu nem conto com isso!