O Museu Pushkin de Belas Artes fica em Moscou. Dedicado à arte europeia, é também um dos centros culturais mais importantes do país, visitado por mais de 1 milhão de pessoas por ano. Na frente dele, só o Hermitage, em Saint Petersburg, também, na Rússia. Para abrigar todas as peças, ele é composto de 3 prédios. O principal é este, abaixo. Os outros ficam ao lado e devem fazer parte da visita.
O que você vai ler aqui, neste post:
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Fundado por Ivan Tsvetaev, pai do famoso poeta russo Marina Tsvetaeva e chefe do Departamento de Teoria e História da Arte da Universidade de Moscou, o museu foi inaugurado em 1912 e o seu acervo é composto de pinturas, esculturas, fotografias, moedas e desenhos – mais ou menos, 700 mil obras de arte de diferentes épocas.
Originalmente chamado de Museu Alexander III, o Museu Pushkin foi projetado como uma instituição educativa. Tsvetaev conseguiu criar uma coleção impressionante de moldes de gesso de famosas esculturas antigas, medievais e renascentistas para servir como material de estudo para estudantes e artistas. Além disso, o museu começou a adquirir originais, incluindo obras de arte renascentista e pinturas e esculturas dos séculos XVII a XIX. A ideia de criar um museu dedicado às artes plásticas surgiu para educar artistas e entusiastas da arte em estilos artísticos através da história, especialmente aqueles predominantes na Europa Ocidental.
Desenvolvimento pós 1917
Após a Revolução Russa de 1917, o museu passou por várias mudanças e renomeações, refletindo as transformações políticas e culturais do país. Em 1937, foi renomeado para Museu Pushkin de Belas Artes em homenagem ao poeta russo Alexander Pushkin, no centenário de sua morte.
Estrutura
Assim como as obras de arte resguardadas no museu, a estrutura também é uma atração na cidade. O prédio foi projetado pelo arquiteto Roman Klein e inaugurado em 1912. O estilo arquitetônico é neoclássico, caracterizado por suas linhas limpas e forma majestosa que evoca os templos clássicos gregos e romanos. A fachada tem colunas coríntias e um frontão clássico, conferindo ao museu uma aparência imponente e formal.
Desde sua inauguração, o museu passou por várias expansões e renovações para acomodar sua crescente coleção e melhorar suas instalações para os visitantes. Nas décadas recentes, houve um esforço significativo para modernizar o museu sem comprometer sua integridade histórica. Isso incluiu a adição de novos espaços de exposição e a atualização das instalações existentes.
As salas interiores do museu são tão impressionantes quanto a fachada. As galerias são espaçosas e bem iluminadas, proporcionando um ambiente adequado para apreciar as obras de arte. Detalhes arquitetônicos internos, como molduras de gesso, mosaicos de piso e uma escadaria ornamentada, complementam a experiência artística e cultural. O museu incorpora tecnologia moderna em suas instalações para melhorar a experiência dos visitantes. Isso inclui iluminação especializada para destacar as obras de arte, sistemas de climatização para preservar as condições ideais e interfaces digitais que oferecem informações e interatividade.
Além do próprio prédio, o museu está situado em um ambiente pitoresco com jardins e estátuas que proporcionam um espaço tranquilo para os visitantes relaxarem e refletirem sobre a arte que acabaram de ver. O Museu Pushkin faz parte de um complexo maior que inclui o Museu de Arte Privada, o Museu de Iconografia e a Galeria de Arte do Século XX, todos situados nas proximidades, contribuindo para uma rica experiência cultural global.
Museu Pushkin: as obras em exposição
A coleção do museu se expandiu significativamente ao longo do século XX. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitas obras foram evacuadas para evitar danos. Nos anos pós-guerra, o museu continuou a enriquecer sua coleção, adquirindo importantes obras de arte europeias e antiguidades de várias partes do mundo. Hoje, o Museu Pushkin abriga uma vasta coleção de pinturas, esculturas e artefatos que vão da antiguidade até o início do século XX.
O Museu Pushkin de Belas Artes possui uma das maiores coleções do mundo de arte do Egito Antigo e da Grécia. Dizem que a escultura abaixo foi inspirada em Cleópatra, imperatriz do Egito. Isso por causa do bracelete com uma cobra gravada, no braço esquerdo da escultura. A obra original, que serviu de modelo a muitas outras, ao longo do tempo, está no Vaticano.
Museu Pushkin: antiguidades Clássicas
Outras obras e muitas réplicas se espalham pelas salas do museu. Antiguidades clássicas, assim como pinturas do século VIII ao XX ocupam várias salas do museu. O Pushkin possui uma das maiores coleções de réplicas do mundo, em gesso e bronze. O fundador do museu considerava válida a réplica com fins educativos e, até hoje, elas são utilizadas nas atividades pedagógicas do museu.
Museu Pushkin: Egito Antigo
A arte do Egito antigo também está bem representada, uma vez que o Museu Pushkin conseguiu reunir mais de 6 mil peças, sendo a maior coleção de peças egípcias do mundo. Abaixo, estudantes guiados por um professor observam um sarcófago, que nada mais é que uma urna funerária para mortos ilustres.
Pinturas do século XVI ao XX
A coleção de pinturas começou antes mesmo do Museu Pushkin ser inaugurado. Em 1924, ele foi enriquecido com peças doadas pelo Hermitage, em São Petersburgo, e outros museus do país. Mas, ganhou força, mesmo, com a série de pinturas francesas do Museu de Arte Nova do Ocidente, em Moscou. Quadros de Botticelli, Rembrandt, Monet, Renoir, Picasso, Van Gogh, Matisse e tantos outros estão lá, para encanto dos visitantes do museu.
Preciosidades do Museu
Entre as obras mais importantes do Renascimento, no museu, estão A Madona e o Menino, de Sandro Botticelli – esta pintura representa a Virgem Maria com o Menino Jesus, uma obra típica do estilo delicado e emocional de Botticelli; A Anunciação, de Filippino Lippi – outro exemplo importante do Renascimento italiano, esta obra retrata o momento bíblico em que o Arcanjo Gabriel anuncia a Maria que ela dará à luz Jesus.
Do Barroco, um bom exemplo é o Retrato de uma Dama, de Rembrandt – uma das obras mais refinadas do mestre holandês da pintura, destacando-se pelo uso magistral da luz e sombra. Do Impressionismo e Pós-Impressionismo, os destaques são Blue Dancers, de Edgar Degas – esta pintura mostra a habilidade de Degas em capturar movimento e luz em cenas de balé, e Almoço na Relva, de Claude Monet – versão de um tema também pintado por Édouard Manet.
Esculturas e artes decorativas
Esculturas e adornos de todas as épocas chamam a atenção pela diversidade, qualidade e quantidade. São mais de 600 obras europeias originadas de acervos privados e outras aquisições no decorrer do tempo. Abaixo, relaciono algumas delicadezas, as que eu mais gostei:
Muito Mais
Algumas peças me chamaram a atenção, embora muitas delas fossem réplicas. E eu não vou deixar de registar aqui. O Código de Hamurabi, que todos nós vimos nos tempos de escola, é uma delas. Trata-se de uma réplica. Ainda assim, impressiona. O monólito com 46 colunas traz 282 leis escritas em 3600 linhas e tem 2,25 metros de altura.
O Museu Pushkin hoje
Atualmente, o Museu Pushkin é um dos principais museus de arte na Rússia e um centro cultural influente em Moscou. Ele oferece uma extensa programação de exposições temporárias, programas educacionais e eventos culturais, atraindo visitantes de todo o mundo. O museu não apenas serve como uma cátedra para a arte europeia, mas também como uma ponte entre as tradições artísticas do passado e os estudiosos e apreciadores de arte da atualidade.
Programação do museu
O Museu Estatal Pushkin de Belas Artes é programa para um dia inteiro. Ele fica aberto às terças, quartas, sábados e domingos, de 11 às 20 horas. Às quinta e sextas, das 11 às 21 horas. A entrada custa 300 rublos (aproximadamente R$ 17,00) e 150 rublos (R$ 8,58), a meia entrada. Menores de 16 anos não pagam. O museu fica na rua Volkhonka, 12 – pertinho da Catedral do Cristo Salvador – por dentro, a mais bonita de todas.
Agora, me fale: você não teve vontade de ver tudo isso de pertinho?
Respostas de 8
Já estou louca pra conhecer Moscou! E essa dica do Museu Pushkin de Belas Artes é sensacional! O acervo é incrível, que nos leva ao conhecimento da fascinante história antiga. Adorei!
É verdade, este museu é maravilhoso e uma visita obrigatória, pela sua riqueza de conteúdo.
Obrigada pela visita e pelo comentário!
Grande abraço
Que acervo de obras-de- arte impressionantes. E réplicas de maravilhas – como as de Michelangelo! Imperdível! Valeu pela dica!
Obrigada, Tamara.
O museu é muito importante e visita obrigatória para quem vai a Moscou.
Um grande abraço!
Esse Museu Pushkin de Belas Artes é incrível! Adorei as dicas desse post! Fiquei com vontade de conhecer!
Que legal, Ângela! Programe-se. Você vai adorar a Rússia!
Grande abraço e muito obrigada pela visita e pelo comentário.
Quanta arte num Museu só. adorei. Já quero conhecer Moscou e o Museu Pushkin. 🙂
Moscou é uma cidade lindíssima e vale muito a pena, a visita. E o melhor: tem mais de 80 museus igualmente importantes para visitar.
Obrigada pela visita e pelo comentário.
Grande abraço!