EL-DE Haus já foi a sede da Gestapo – polícia nazista alemã – na cidade de Colônia, Alemanha. Hoje, é um memorial, um centro de documentação e pesquisa, que resgata a história das vítimas do regime nazista, assim como investiga e transmite a história da cidade naquele período.
O que você vai ler aqui, neste post:
ToggleEl-De Haus: onde fica
O prédio fica perto da estação de trem e o ingresso custa 4,50 EUR. Com mais 2 euros, é possível utilizar o áudio guia, disponível em 8 línguas: alemão, inglês, francês, espanhol, holandês, russo, polonês e hebraico – o que torna a visita muito mais produtiva.
El-De Haus: paredes que contam a história
O lugar é impressionante e eu me arrisco a dizer que a visita é obrigatória a quem vai à cidade. Os nove andares do prédio – 4 são subterrâneos – são divididos em celas minúsculas, sem ventilação, onde presos políticos, judeus, ciganos, atores, homossexuais, portadores de deficiências físicas e mentais eram amontoados, torturados e mortos. Nas paredes das celas, preservadas em seu estado original, dá para ler todo o desespero de quem por ali passou. São mais de 1800 inscrições e desenhos feitos pelos presos – pedidos de socorro, recados para a mãe, palavras de desesperança.
Vida de preso em El-De Haus
As celas não tinham banheiro. Os presos saiam, apenas, duas vezes por dia, para as necessidades fisiológicas. Se a coisa apertasse, eles tinham que “resolver” num balde.
Registro da crueldade
Nas paredes, os documentos, gráficos, fotos, mapas, jornais e revistas que registram a atuação nazista, as estratégias, as vitórias e a crueldade da Hitler estão expostos. No primeiro e segundo andares, estão os documentos sobre o partido socialista nacional, como eles chegaram ao poder e como persuadiram a população, e fotos de toda a destruição causada pela guerra. Também estão expostas as cartas escritas para Hitler, cartazes de propaganda, e vídeos dos discursos do líder nazista e as visitas que ele fez a Colônia.
Tortura
No subsolo, um bunker para proteger os oficiais dos bombardeios servia de sala de tortura, uma vez que os gritos não podiam ser ouvidos dali. EL-DE Haus funcionou como Gestapo de 1935 a 1945. No início, eles precisavam de autorização de Berlim para executar os presos, mas já no final, eles executavam sem escrúpulos. A estimativa é que em torno de 100 presos eram mortos, por dia – por enforcamento ou queimados.
El-DE Haus hoje
Definitivamente, este não é um dos principais pontos turísticos da Alemanha. Em dezembro de 1981, El-DE Haus foi transformada em museu e se tornou um dos lugares mais visitados da cidade. As escolas de Colônia promovem a visita dos alunos regularmente. O objetivo é não deixar que ninguém esqueça os horrores da guerra. Lá também são realizados eventos culturais, oficinas, workshops, palestras e congressos. Na biblioteca, estão disponíveis mais de 18 mil volumes, além de revistas e livros do período da guerra e atuais, à disposição, gratuitamente, dos interessados.
Visita
O museu está aberto de terça à sexta-feira, das 10 às 18 horas, sábado e domingo das 11 às 18 horas. Prepare-se para uma manhã ou uma tarde inteira, pois há muito o que ver e se emocionar!
Respostas de 6
Caramba Sônia, eu desconhecia o el de Haus! Quando entro nesses locais de tortura, sempre me pergunto como as pessoas conseguiam né? Essa época de guerra devia ser terrível
Nathalia,
Esse lugar deveria ser terrível, na época da guerra… nem consigo imaginar. Atualmente, ele é um lugar de pesquisas e estudos. Serve, também, pra gente não esquecer esses horrores que só ouvimos falar, são provas vivas do que aconteceu. Acho interessante visitar, mas meu marido, muitas vezes, se recusa.
Meu Deus, que assustador. Eu não conhecia o EL-DE Haus, a sede da Gestapo, em Colônia, Alemanha. De fato é algo assustador. Porém, um vestígio das coisas terríveis de que o ser humano é capaz de fazer.
A gente visita, olha e nem acredita. O nível de crueldade é na estratosfera!
É assustador, realmente!
Eu visitei a El-DE-Haus quando estive em Colônia. É a História viva, diante dos seus olhos. Não consegui ver todo o acervo. A certo ponto já estava muito sensibilizada com os horrores que ali foram praticados. Saí de lá impactada.
Bruna, realmente, é impactante! Mas também acho que é uma visita necessária, quando se visita a cidade.