O Memorial do Holocausto é um dos pontos turísticos mais impactantes de Berlim. Próximo ao Portão de Brandenburgo, coração da cidade, e do Reichstag, sede do Parlamento Nacional, ele foi inaugurado em maio de 2005 e é dedicado aos seis milhões de judeus mortos durante o nazismo – uma ferida aberta na história da humanidade. O projeto, que conta com um museu subterrâneo, custou 27 milhões de euros.


O que você vai ler aqui, neste post:
ToggleMemorial do Holocausto
São 19 mil metros quadrados com 2711 blocos de concreto, escuros, quase pretos, que muito lembram túmulos em cemitério. Há quem pense que se trata de um cemitério, mas não é. Os blocos são de tamanhos variados e não têm nada escrito neles. Segundo a explicação do autor do projeto, o arquiteto Peter Eisenman, a ideia é “produzir uma intranquilidade, um clima de confusão, um sistema supostamente ordenado e que perdeu o contato com a razão humana”. E acho que ele conseguiu. Andando pelos blocos, a gente sente um desequilíbrio, uma descompensação.
Para quem chega desavisado, o impacto é imediato. Dobrar a esquina e se deparar com aquele mar de concreto é como ser arrancado da rotina e jogado dentro de uma memória coletiva dolorosa. Fo exatamente assim que me senti: como se tivesse levado um soco no estômago – um lembrete brutal de que a história não pode ser esquecida – e que a memória, por mais dura que seja, precisa ser preservada.

Memorial do Holocausto: informações no subsolo
O local de informações é no subsolo, onde há um centro de documentação que narra a história da perseguição aos judeus e seus destinos, através de documentos, fotos e cartas. Lá, histórias individuais de vítimas do Holocausto são contadas com delicadeza e respeito. Nomes, rostos, cartas, documentos, tudo contribui para dar dimensão humana ao horror. Cada foto, cada carta, cada documento emocionam, a gente se conecta com o sofrimento e o sentimento de solidariedade é fortalecido. A visita é gratuita.


Memorial do Holocausto: visita
Todos os anos, mais de meio milhão de pessoas visitam esse monumento, composto dos blocos de cimento armado e do centro de informações que fica no subsolo. A estrutura tem livre acesso 24 horas, mas o centro de informações tem horários e dias certos de visita. Os visitantes podem ter acesso a áudio guia, em alemão, inglês e holandês. A tradução desse guia para o espanhol, italiano, francês, polaco, russo, hebraico e português custam 3 euros. As visitas guiadas para pessoas com necessidades especiais são gratuitas, assim como as visitas guiadas para todos.
Dica:
Para saber mais sobre a Alemanha, não deixe de acessar o post Turismo na Alemanha, do blog Turismo de Primeira, da minha amiga Alexandra.