Antes de atravessar o planeta para conhecer o maior complexo religioso do mundo, Angkor Wat, saiba onde fica, como chegar lá, o que ver, como se locomover, os passeios imperdíveis, a melhor época do ano para ir. Nesse post, estão todas as informações para quem quer conhecer esse patrimônio da humanidade e se surpreender com a beleza do Camboja.
O que você vai ler aqui, neste post:
ToggleAngkor Wat: o que é
Angkor Wat faz parte de um complexo de templos construídos na zona de Angkor, a antiga capital do Império Khmer, uma civilização que dominou a região, entre os séculos 9 e 15. Este nome significa “a cidade que é um templo”. O sítio arqueológico de 201 hectares abriga mais de 70 templos e é Patrimônio Mundial da Humanidade.
Angkor Wat: estrutura
O complexo é consagrado a Vishnu, deus hindu, protetor da criação. A planta de Angkor Wat se baseia numa mandala (desenho sagrado) do cosmo hindu. Quando foi construído, na primeira metade do século 12, a ideia era materializar a conexão que os governantes tinham com o poder supremo. A inspiração para a construção veio do Monte Meru, uma montanha cósmica que, de acordo com os textos hindus, é o eixo do universo.
Angkor Wat: onde fica
Angkor Wat fica localizada em meio à floresta e a campos de arroz, nas imediações de Siem Riep, cidade onde fica o aeroporto internacional mais próximo e onde a gente deve se hospedar. Não há voos diretos para o Camboja, que fica no sudeste asiático, vizinho à Tailândia, Vietnã e Laos. Nós chegamos lá depois que passamos quatro dias em Ho Chi Minh, no Vietnã. Entrar e sair do Camboja é mais caro que em outros países do sudeste asiático. Ainda assim, pagamos em torno de 500 reais, cada um, pelo voo da Cambodia Angkor Air: Ho Chi Minh-Siem Reap-Ko Phi Phi.
Angkor Wat: quando ir
O ideal é entre os meses de novembro e fevereiro, quando a temperatura é mais amena, embora o calor ainda seja insuportável. De junho a novembro, estação das chuvas, fica tudo verdinho, mas úmido. Nessa época alguns templos inundam. De março a maio é que fica impossível, pelo menos, para mim. O calor deve ser sufocante. Se eu passei mal em novembro, posso imaginar em março, abril e maio.
Angkor Wat: a chegada
A primeira impressão foi a melhor. O aeroporto de Siem Riep é muito simples e pequeno, mas tem o charme daquela região: arquitetura, decoração… Deuses e divindades espalhados pelos salões e corredores do embarque e desembarque, a instigar a curiosidade de quem chega. Ali, mesmo, tiramos o visto, que custou 20 dólares – tudo simples e rápido.
Angkor Wat de tuc tuc
Por cinco reais, pegamos um tuc-tuc para o hotel, que ficava no centro da cidade, perto da rua principal, a Pub Street. Acertamos com o motorista do tuc tuc para que ele nos mostrasse a cidade e nos levasse, no dia seguinte, a Angkor Wat. Por dois dias, tivemos a companhia desse simpático motorista e seu tuc tuc. Quanto pagamos? O preço seria menos que 80 reais. Mas, achamos justo que ele recebesse um pouco mais.
Em Siem Reap
Passamos, apenas, 3 dias em Siem Reap. A cidade é pequena e fácil de conhecer. A impressão que temos é que ela teve início em plena selva. As árvores são gigantes, muito verde nas ruas e em alguns templos. Também é bastante poluída e a população costuma usar máscara para se proteger da poeira.
Um dos templos é o Wat Preah Prom Rath, hinduísta e budista, cheio de esculturas . Lá, fica um Buda inclinado, instalado no templo principal no ano de 1500.
Preah Ang Chong Han Hoy
No jardim de Wat Preah Prom Rath tem uma estátua construída em homenagem a um budista que, em 1500, costumava viajar para a antiga capital do Camboja, Long Vek, para conseguir comida. Embora a cidade fosse bastante longe, perto de Phnom Penh, o arroz sempre chegava fresco em sua panela. O budista foi apelidado de Preah Ang Chong Han Hoy.
Um dia, numa das suas viagens de volta, os tubarões atacaram o barco que ele usava, que se quebrou em dois pedaços. Num desses pedaços, o budista se agarrou e chegou, com grande velocidade, a Wat Boribo. Considerando essa façanha um milagre, os budistas de Boribo construíram, com os dois pedaços do barco, uma estátua para homenagear o budista e outra o Buda reclinado.
Angkor Wat: onde se hospedar
Eu sou daquelas pessoas que prefere se hospedar num lugar que dê pra gente fazer boa parte dos passeios a pé. Em Siem Reap, nós nos hospedamos nas imediações da Pub Street. Mas a cidade oferece hotéis de todas as categorias, que atendem os hóspedes mais exigentes. Muitos hotéis cinco estrelas se enfileiram nas avenidas da cidade, o que determina a capacidade de receber, cada vez mais e melhor, os turistas.
Angkor Wat: como se locomover
A melhor forma é alugar uma bicicleta, mas é possível usar um moto táxi, um tuc-tuc, micro-ônibus ou até mesmo um elefante. Alugar um carro com ar-condicionado e motorista custa a partir de 20 dólares. Nós usamos, todo o tempo que estivemos por lá, o tuc-tuc. Mas, tivemos o cuidado de comprar uma máscara para nos proteger da poeira, assim como todo mundo da cidade faz. A poeira em Siem Reap é implacável.
Angkor Wat: o que fazer à noite
A programação noturna é garantida pela Pub Street que, na verdade, é uma região repleta de bares e restaurantes, casas de massagem, lojas e comerciantes ambulantes. O grande atrativo para algumas pessoas, especialmente, os jovens, é a cerveja. Apesar de boa, ela é vendida por apenas 50 centavos de dólar.
Jantar e show
Outra opção é ver os shows de dançarinas típicas. Alguns restaurantes oferecem o jantar e o show por preços inacreditáveis. Nós pagamos em torno de 50 reais cada um. O jantar não foi lá essas coisas, mas o show foi de uma delicadeza… A música tocada por aqueles instrumentos tão diferentes, a dança em “câmera lenta”, a indumentária colorida… show pra turista… mas, o que somos senão turistas?! Adoramos.
O jantar
Antes do show, o jantar. Era self-service e nada nos apeteceu. Comemos um macarrão e, na sobremesa, tentamos essas coisinhas abaixo – uma espécie de gelatina sem gosto.
Angkor Wat: a cereja do bolo
Para conhecer os templos de Angkor Wat, o tuc-tuc nos pegou às 8 da manhã, mas dizem que o ideal é ir mais cedo pra ver o sol nascer ou mais tarde, para ver o sol se por. Nós fomos às 8 e não foi ruim. No meio do caminho, paramos para comprar o ticket, que custou 20 dólares.
Os templos ficam a seis quilômetros de Siem Reap. Mas, com a parada no meio do caminho para comprar os tickets, levamos mais ou menos uma hora para chegar lá. Na entrada do complexo, o tuc tuc para e fica esperando que a gente faça a visita. Sob um sol e calor impiedosos, lá fomos nós desbravar o Angkor Wat.
Angkor Wat: o que vamos ver por lá
Na entrada, à nossa frente, no meio, fica o edifício principal, com cinco torres na forma de botão de flor de Lótus, que representam a morada dos deuses e o centro do universo.
Os muros são o extremo do mundo e o fosso é o oceano cósmico. Esta é a estrutura mais alta e a subida é bastante íngreme. Nas quatro entradas, tem imagens de Buda. É que o Budismo substituiu o hinduísmo, no Camboja.
A decoração dos templos
Paredes e muros chamam a atenção pelos entalhes e baixos-relevos de apsaras (dançarinas celestiais) que decoram o complexo. São mais de 2 mil figuras, com poses e sorrisos enigmáticos. Outros desenhos representam o rei Suryavarman II, que deu início à construção de Angkor Wat, e guerreiros em combate.
Angkor Thom
Saindo de Angkor Wat, o motorista do tuc tuc, que também é guia, nos leva a Angkor Thom, que significa Grande Cidade e fica nas mediações. Esta foi a maior cidade do império Khmer e é protegida por um muro de 8 metros de altura e 12 quilômetros de extensão. Em cada um dos 5 portões – 4 na direção dos pontos cardeais – tem um gigantesco rosto de pedra. Na verdade, 4 rostos olhando para todos os lados.
Ruínas
Angkor Thom tem mais de 10 quilômetros quadrados de área e chegou a ter mais de 1 milhão de habitantes. Entre as muitas ruínas da cidade, a mais famosa é o templo de Bayon, que fica no centro desse complexo. Dá para chegar até lá pelo portão sul. A entrada é bem larga e está ladeada por 154 estátuas de pedra. De um lado, deuses. Do outro, demônios.
Programe-se
Para conhecer Angkor, separe um dia inteiro. Vá cedo, leve chapéu e filtro solar. E use uma roupa leve por causa do calor. Pelo caminho, camelôs vendem água, água de coco e frutas. No mais, aproveite Angkor Wat, Angkor Thom e outros templos de igual importância e beleza, como Ta Prohm – famoso pelas raízes de figueiras gigantescas que se enroscaram nas construções.
Com todas as carências materiais, o Camboja é um país lindo. Por todo o sofrimento que passou e todos os desafios que enfrenta, ele tem muito a nos ensinar. O povo carrega uma esperança no olhar, um sorriso no rosto e não parece ter medo do futuro. Acho que eles já viram tudo e o pior já passou. Que venha o futuro!
Respostas de 13
Muito bom o seu artigo, Sônia. Obrigado por compartilhar.
Lu, eu que agradeço pela sua visita e comentário! Obrigadíssima e volte, sempre!
Obrigada a você, Lu!!! Beijão!
Adorei! Alugamos as bicicletas e fizemos os dois circulos (o pequeno e o grande), depois começou o nosso próprio roteiro lá, porque a gente se perdeu)) Em total, recorremos uns 30 km ou mais)
Que experiência maravilhosa, Maria!!!
O Camboja é um país inesquecível!
Obrigada pelo comentário!
Beijão,
sonia.
Que sonho conhecer o Camboja! Adorei seu post. O Angkor Wat é realmente um tesouro.
Ângela, o Camboja é um país muito pobre e, ao mesmo tempo, muito rico. Ir até lá ver as tradições que eles fazem questão de perpetuar, a religiosidade, os costumes, além do maior complexo religioso do mundo, é uma experiência inesquecível.
Quando fiz minha viagem pelo sudeste asiático queria ter colocado Angkor Wat no roteiro, mas mesmo ficando dois meses pela Ásia não consegui encaixar haha
Na próxima irei com certeza! Adorei as dicas!
Diego, visitar o Angkor Wat é uma experiência e tanto. Assim que der, faça essa visita.
Eu fiquei completamente apaixonada pelo Camboja, principalmente por Seam Reap e os templos de seus arredores, como o Angkor Wat. Foi uma viagem inesquecível, obrigada por me relembrar memórias tão preciosas!
Alexandra,
Realmente, o Camboja é um encanto. O povo é maravilhoso. Morro de saudade!
Interessante demais esse coplexo religioso de Angkor Wat no Camboja . Dá vontade de conhecer
Sylvinha, o Angkor Wat é incrível, uma construção enorme, cheia de detalhes, com muito a ser explorado.
Obrigada pela visita! Beijão.