logo existe um lugar no mundo 1578

Pushkin: Museu-casa

Compartilhe esse artigo:

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
Pinterest
Pushkin e Nathalia eternizados em frente à casa em que moraram

Entre mais de 80 de museus, em Moscou, por que o Museu-casa de Pushkin está entre os imperdíveis? Simplesmente porque Pushkin é um must, no país inteiro. Poeta, dramaturgo e romancista, Alexander Pushkin nasceu em 1799 de uma família aristocrática russa. Aristocrática e rica, fina. Falava-se francês em casa, imagine! Cresceu com a avó e a babá lendo histórias para ele.

Pushkin aos 3 anos, por Xavier de Maistre 1802
Pushkin aos 3 anos, por Xavier de Maistre, 1802

Pushkin: o maior de todos

Ele é considerado o maior poeta e fundador da literatura russa moderna. Com 20 anos, já tinha construído uma reputação, e influenciou personalidades como Gógol, Dostoiévski e Tolstoi, bem como compositores como Tchaikovski e Mussorgskimas. Mas, era reconhecido, também, pela rebeldia. Em 1820, ele foi exilado. O governo czarista não aprovava a sua poesia liberal, mas ele acabou sendo libertado, tempos depois.

Aleksander Pushkin, ainda jovem
Alexander Pushkin, ainda jovem

100 anos de Pushkin

Nos cem anos da morte de Pushkin, em 1937, Stalin, para ter o apoio da população, resolveu torná-lo um deus socialista. O escritor, que era reconhecido como um gênio literário, apenas, pela elite intelectual, de uma hora para outra, tornou-se uma unanimidade, uma paixão nacional. Seu nome foi dado a ruas, praças, escolas, estações de trem e metrô, selos, instituições e monumentos. Escolas organizavam exposições sobre ele, palestras era ministradas, seminários e mais uma infinidade de coisas, como os clubes de adoradores, que brotavam a cada dia, reunindo conhecedores da sua obra. Assim, Pushkin ganhou o coração e a mente do povo russo.

Menininha diz um poema do escritor

On line

Existe, até, um site sobre literatura, cujo nome, Nezarastet é inspirado nas obras do poeta, que organizou 365 poemas do próprio para enviar, por e-mail, gratuitamente, toda manhã – em russo, claro. É só se inscrever. O único problema é que os poemas são em russo, mesmo.

Selos da série "100 anos da morte de Alexander Pushkin". Foto: Vasily Vasilyevich Zavyalov. Alexei Bushkin / RIA Novosti
Selos da série “100 anos da morte de Pushkin”. Foto: Vasily Vasilyevich Zavyalov. Alexei Bushkin / RIA Novosti

Pushkin em Moscou

Como não poderia deixar de ser, dois dos endereços do poeta foram transformados em museu: um em Saint Petersburg e outro em Moscou.

Fachada da casa de Pushkin em Moscou
Fachada da casa que o poeta habitou em Moscou
Uma placa marca a casa de Pushkin, na rua Arbat
Uma placa marca a casa de Pushkin, na rua Arbat, em Moscou

Museu-casa de Pushkin: onde fica

O Museu-casa de Pushkin, em Moscou, fica na Ulitza Arbat 53, rua preferida dos intelectuais da época. O museu é aberto à visitação das 10 às 18 horas, às quartas, sextas e domingos, e de 12 às 21h, às quintas-feiras. Na última sexta-feira do mês, ela fica fechada.

A histórica Rua Arbat, em Moscou
A histórica Rua Arbat, em Moscou
A casa azul, da Rua Arbat
A casa azul, da Rua Arbat, com entrada lateral

A casa azul

O poeta alugou essa casa azul, quando se casou com Nathalia Gontcharova. Mas foram, apenas, por poucos meses. Logo, ele se cansou de morar em Moscou e se mudaram para Saint Petersburg. Embora o clima entre eles fosse de romantismo e felicidade, logo surgiu um boato de que o cunhado estava de olho na sua mulher, Nathalia. Pushkin desafiou o cunhado, que era um militar francês, para um duelo. E no combate, foi ferido mortalmente. Dois dias depois, o marido hipoteticamente traído morreu.

Busto de Pushkin, no Museu-casa
Busto de Pushkin, no Museu-casa

Exposição

A casa onde funciona o museu é grande, tem um andar a mais que o térreo. Devidamente restaurada, a casa do século 19 permanece do jeito que era. Segundo um dos funcionários, muitos objetos e móveis foram perdidos. Muita coisa ali, em exposição, pertence aos amigos e moradores que vieram depois. Mas, é rica em documentos, fotos, objetos pessoais, como a escrivaninha onde Pushkin escrevia. Visitar o museu é conhecer, também, a Moscou dos anos 1800.

Piano e partituras
Piano de cauda com a partitura da “Fonte de Bakhchisaray”
Fotos de família e amigos espalhadas pelas paredes da casa
Fotos de família e amigos, além de gravuras, estão espalhadas pelas paredes da casa
Pushkin em destaque
Pushkin em destaque
A sala verde
A sala verde
Manuscritos de Pushkin
Manuscritos de Pushkin
Escrivaninha
A escrivaninha e os manuscritos na estante
O charme do Museu-casa de Pushkin
O charme do Museu-casa de Pushkin
Os quadros no primeiro andar retratam a Moscou de 1800.
Os quadros no primeiro andar retratam a Moscou de 1800.
Um salão para festas na casa de Pushkin
Um salão para festas
Ao lado da estante, o poeta e sua mulher
Ao lado da estante, o poeta e sua mulher
A mobília bonita e bem conservada chama a atenção de quem visita o museu
A mobília bonita e bem conservada chama a atenção de quem visita o museu
um dos locais de trabalho do escritor
um dos locais de trabalho do escritor
Pushkin e Nathalia eternizados em frente à casa em que moraram
Pushkin e Nathalia eternizados em frente à casa em que moraram

Curiosidades

De 1922 para cá, todos os anos, o aniversário de morte do poeta é lembrado com cerimônias oficiais. Os preparativos envolvem toda a sociedade: escritores, poetas, compositores, políticos, professores, celebridades, empresas de cinema, companhias de teatro, para que que ninguém fique alheio à data.

Antes de morrer, Pushkin proibiu os descendentes de escreverem poemas. Ele considerava os dele tão bons que imaginava que ninguém conseguisse fazer o mesmo. Entre os 237 familiares espalhados pelo mundo, nenhum deles escreve.

Compartilhe esse artigo:

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
Pinterest
Reddit
Tumblr

você também pode gostar

autor(a)

Sônia Pedrosa

Sônia Pedrosa

Publicitária

comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

mais recentes

Arquivos