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Chiang Mai – uma surpresa ao norte da Tailândia

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Chiang Mai
Chiang Mai

Depois de 6 maravilhosos dias em Bangkok, o nosso destino era Chiang Mai, a segunda maior cidade da Tailândia, que fica ao norte do país. Por lá, a temperatura poderia ser mais amena – pensamos nós. Mas, o fato de estar 700 km ao norte de Bangkok, não significava muita coisa. O calor era o mesmo. Ainda assim, a cidade não perdeu seu encanto.

Uma residência
Plantas e luzes enfeitam as residências e os pontos comerciais em Chiang Mai

Como não saímos daqui com nada programado, fomos à primeira agência de viagens que encontramos em Bangkok, para comprar as passagens. Ida e volta: THB 2530, já com todas as taxas (menos de 250 reais), para cada um, pela Thai Airways. A viagem dura 1 hora e 10 minutos, e a gente tem direito a 30 quilos de bagagem.

Chiang Mai: chegada 

Chegamos ao aeroporto de Chiang Mai às 10h05, pontualmente. Demos a sorte de pegar um táxi com o simpaticíssimo Mr. Ongphongsa. Ele é motorista e guia, como ficamos sabendo, durante o percurso até o hotel, quando acertamos tudo: deixaríamos as malas e sairíamos, em seguida, para conhecer a cidade, com ele. Era um roteiro de 2 dias, que dava direito à uma volta completa por Chiang Mai, visita aos Wat Phra Singh e Wat Phrathat Doi Dutherp (o templo da montanha), às mulheres-girafa e a um santuário de elefantes. Além, claro, da companhia e das dicas valiosas do Mr. Aran – como ele mesmo se denominava. Tudo isso por THB 1500 (um pouco menos que 150 reais) – os dois dias.

Mr. Aran e seu táxi
Mr. Aran e seu táxi – solícito, simpático, risonho e gentil, como todo tailandês

Chiang Mai

Apaixonar-se por Chiang Mai é fácil. O ritmo da cidade é bem diferente do de Bangkok. A energia é outra. Construída em 1296, com um muro em volta, ela foi, por 472 anos, capital de Lanna, um reino que já dominou parte do norte da Tailândia, do Mianmar, da China e do Laos. Em 1932 é que Chiang Mai se tornou uma província tailandesa. A cidade pode ser explorada a pé. Mas é possível alugar uma bicicleta, que custa THB 50 (menos de 5 reais) a diária ou usar os tuc-tucs, que são muitos.

O que ver em Chiang Mai

A cidade é considerada a capital espiritual do país e tem mais 300 templos espalhados pela cidade. Um a cada esquina. São templos de todos os tamanhos, mas sempre muito bonitos e convidativos à vida espiritual. Em todos que entramos, deu vontade de oferecer flores, acender um incenso, sentar naquele chão friinho e começar a entoar uns mantras.

Wat Phrathat Doi Sutherp

O primeiro que fomos visitar foi o Wat Phrathat Doi Sutherp, o famoso templo da montanha. Mr. Aran nos pegou no hotel às 8 e meia e chegamos lá pouco depois das 9. É uma meia hora de subida e muitas curvas. Pelo caminho, paramos para apreciar a belíssima vista da cidade e tomar uma água de coco.

Um estrada em Chiang Mai, Tailândia
a estrada para o templo é uma sucessão  de curvas ladeadas pelo verde.
Comidinhas
água de coco, sucos e comidinhas típicas à beira da estrada
A vista da cidade do alto da montanha
A vista da cidade que tem quase 2 milhões de habitantes

Para chegar ao templo

O templo fica a 15 km do centro de Chiang Mai. Para chegar lá, é melhor fazer como a gente: contrate alguém com carro. Ou pegue um songthaew, um veículo que faz as vezes de ônibus e cobra THB 20 (menos de 2 reais) para levar as pessoas, não importa o destino. Para subir a montanha, eles cobram THB 500, mas cabem 10 pessoas e o valor pode ser rateado. Eles estão por toda a parte, na cidade, e são muito utilizados por turistas, também. Principalmente, pelos mochileiros.

Songthaews
Os songthaews são de todas as cores estão espalhados por toda a cidade
Songthaew
os monges são fieis usuários do songthaew.

A entrada no templo

Quando chegamos ao nosso destino, tínhamos que escolher entre subir uma belíssima escadaria de 300 degraus ou pegar um elevador. Nem precisa dizer o que escolhemos, considerando o calor que fazia, né? Mas, o importante foi chegar lá!

A entrada do Wat Phrathat Doi Sutherp
A entrada pelo elevador é concorrida.

A história do Wat Phrathat Doi Sutherp

Este templo budista em Chiang Mai foi construído em 1383 e é considerado super sagrado para os tailandeses. Ele foi construído na montanha mais alta da região. Diz a lenda que um elefante subiu essa montanha carregando um osso de Buda e, quando chegou no topo, morreu – com o dever cumprido. Os tailandeses acharam que deveriam construir esse templo e fizeram, inclusive, uma estátua para homenagear o elefante.

Escultura de elefante e criança junto, no templo Wat Phrathat Doi Sutherp
A menininha fez questão de posar com o protagonista.

O templo é um dos mais bonitos que vimos por lá. Colorido, cheio de dourado, com uma área incrível, em volta. E uma vista maravilhosa, da cidade. Assim como em todos os templos, é preciso cobrir os ombros e tirar os sapatos, para entrar.

Decoração dourada do Wat Phrathat Doi Sutherp
O rico e dourado portal do templo
Turistas caminhando no Wat Phrathat Doi Suther
Os turistas e visitantes se espalham pelo templo.
Pessoas descalças no Wat Phrathat Doi Sutherp
A ordem é todo mundo descalço
os sinos do Wat Phrathat Doi Sutherp, em Chiang Mai, Tailândia
Embora haja um aviso de não tocar os sinos, há sempre alguém que insiste em tocá-los.
Wat Phrathat Doi Sutherp
Em cada cantinho do templo, uma imagem de Buda para nos inspirar

Beleza para ser contemplada em Chiang Mai

Toda a beleza do templo atrai gente de todos os cantos do mundo. A ideia é chegar lá cedinho, por volta das 9 horas. A entrada no Wat Phrathat Doi Sutherp custa THB 30.

Pagoda dourada do Wat Phrathat Doi Sutherp
Na pagoda dourada está guardado o osso de Buda trazido pelo elefante.
Budas do Wat Phrathat Doi Sutherp
Buda está multiplicado em vários lugares
Vários Budas no Wat Phrathat Doi Sutherp, em Chiang Mai, Tailândia
Oferendas como Flores e incenso para Buda
Visitantes no Wat Phrathat Doi Sutherp
Quando o turismo se confunde com religião.
Um guardião no Wat Phrathat Doi Sutherp, em Chiang Mai, Tailândia
Um templo que se preza tem um guardião que cuida da proteção. Esse não podia ser mais bonito

Chiang Mai e o Wat Phra Singh

O Wat Phra Singh é mais um dos lindos templos da cidade e é conhecido como Mosteiro do Buda Leão ou Templo do Buda Leão. O templo é do século 14, do tempo que Chiang Mai era a capital do Reino Lang e é um dos melhores exemplos de arquitetura desse estilo. A entrada é free.

Fachada do Wat Phra Singh, em Chiang Mai, Tailândia
A entrada do Wat Phra Singh é cheia de bandeiras.
O interior do Wat Phra Singh, em Chiang Mai, Tailândia
Por dentro, o verde toma conta da paisagem

A estrutura do Wat Phra Singh

O templo conta com várias estruturas clássicas de estilo Lanna. A mais antiga é o chedi principal, construído em 1345, pelo Rei Pha Yu, para guardar as cinzas do pai. O chedi tem a base quadrada, mas é circular e decorado com elefantes.

O chedi no Wat Phra Singh, em Chiang Mai, Tailândia
O chedi no meio do templo impressiona os visitantes
Elefante saindo do chedi, no Wat Phra Singh, em Chiang Mai, Tailândia
O elefante que sai do Chedi
A primeira morada do Buda de esmeralda, no Wat Phra Singh, em Chiang Mai, Tailândia
Este templo foi a primeira morada do Buda de Esmeralda, hoje, uma das atrações do Grand Palace, em Bangkok.

Viharn Lai Kham

Esta é uma das estruturas dentro do Wat Phra Singh, construída no final do século 14, que abriga a imagem do Buda Leão, o Phra Singh. Ninguém sabe, exatamente, a origem desse Buda, mas imagina-se que seja o Sri Lanka, país ao sul da Índia.

Buda Dourado no Wat Phra Singh, em Chiang Mai, Tailândia
Um enorme Buda dourado recebe as orações e oferendas dos visitantes
Monges circulam pelo Wat Phra Singh, em Chiang Mai, Tailândia
O templo tem uma área com jardins bem cuidados, por onde circulam turistas, locais e monges.
Mensagem no Wat Phra Singh, em Chiang Mai, Tailândia
No jardim, várias mensagens como esta: a luz dissipa a escuridão. A sabedoria dissipa a ignorância.

Em Chiang Mai: as mulheres do povo Kayan

No dia seguinte, logo cedo, por volta das 8 horas, Mr. Aran nos pegou no hotel para visitar as mulheres-girafa, famosas pelas argolas que usam no pescoço, desde os 5, 6 anos de idade. A viagem durou, mais ou menos, 1 hora. As mulheres vivem com seus filhos, num lugar muito verde, cheio de cachoeiras, onde funciona um resort (fechado, no momento). A viagem é linda e o passeio valeu a pena. Outras tribos convivem no mesmo espaço delimitado pelo governo tailandês. Trata-se de um projeto governamental que cuida dessas refugiadas e tenta preservar os seus costumes e tradições. Mas, também, restringe a vida delas a esse espaço. Há quem condene o turismo em torno delas, dizem que é exploração, mas…com o turismo, elas se sustentam. Vale a pena ir a Chiang Mai para vê-las.

Entrada da morada das mulheres da tribo Kayan, em Chiang Mai, Tailândia
Uma recepção florida para os visitantes
Cachoeira na entrada da morada das mulheres-girafa, em Chiang Mai, Tailândia
Tem até uma bela cachoeira

As argolas da mulheres do povo Kayan

Sempre quis ver de perto essas mulheres. Elas são refugiadas de Myanmar e vivem do artesanato. As argolas são uma só peça e pesam em torno de 10 kg quando as mulheres chegam à idade adulta. As argolas não são acrescentadas uma a uma, como a gente imaginava, e sim peças maiores vão substituindo as menores, à medida que as meninas crescem. Outra lenda é dizer que as argolas afinam ou aumentam o pescoço das mulheres. Na verdade, elas forçam a clavícula, que afundam e dão essa impressão. As argolas podem ser retiradas, sim, mas como a musculatura do pescoço se torna frágil, todo cuidado é pouco. Elas também usam argolas nos punhos e nos tornozelos.

Mulher-girafa do povo Kayan, em Chiang Mai, Tailândia
Elas passam o dia no tear, tecendo echarpes e atendendo turistas
Pequena vila do povo Kayan, em Chiang Mai, Tailândia
Na pequena vila, as barracas se sucedem com o artesanato
Mulher-girafa do povo Kayan, em Chiang Mai, Tailândia
Os colares se acumulam no pescoço das mulheres ano a ano
Crianças do povo Kayan, em Chiang Mai, Tailândia
As meninas começam a usar os colares ainda pequenas.
Crianças do povo Kayan, com argolas no pescoço, em Chiang Mai, Tailândia
À medida que crescem, os colares vão se acumulando, mas elas nem sentem
Argolas das mulheres-girafa, em Chiang Mai, Tailândia
A peça aberta atrás é para as turistas usarem para as fotos
Chiang Mai menina
A beleza da menina da tribo Kayan
Mulher do povo Kayan, em Chiang Mai, Tailândia
O artesanato da mulheres da tribo Kayan é diversificado
Artesanato do povo Kayan, em Chiang Mai, Tailândia
Mulheres esculpidas em madeira
Écharpes do povo Kayan, em Chiang Mai, Tailândia
Echarpes bordadas e coloridas

Santuário de elefantes

Depois de conhecer o povo Kayan, visitamos um santuário de elefantes. Cada um pagou THB 40, para ver os bichinhos, alimentar e dar banho. Não “mergulhamos” no programa. A gente só queria vê-los de perto.

Santuário de elefantes em Chiang Mai, Tailândia
Eram muitos elefantes no santuário
João Miguel e um elefante, em Chiang Mai, Tailândia
João Miguel se arriscou fazendo um carinho no bichinho
Sônia e os elefantes, em Chiang Mai, Tailândia
Mas eu morri de medo

A noite em Chiang Mai

À noite, o bom é se perder num dos mercado a céu aberto, onde locais e turistas se encontram e podem conhecer o artesanato e experimentar as delícias de Chiang Mai. Nesse mercado, presenciamos a cena que eu tinha lido no guia: quando toca o hino da Tailândia, todos param o que estão fazendo e só voltam ao normal, quando o hino termina. Tipo a brincadeira de “estátua”. Na hora, tomei um susto, não sabia o que estava acontecendo. Só depois de alguns segundos, também, parada, é que me lembrei. Foi muito engraçado.

O mercado noturno de Chiang Mai, na Tailândia
O mercado noturno e os visitantes fazendo compras
Barraca de suco de frutas em Chiang Mai, Tailândia
Os deliciosos sucos de frutas tailandeses
Sucos de fruta em Chiang Mai, Tailândia
É muito seguro tomar os sucos de fruta vendidos nas ruas.
Bolinhos de coco e arroz, em Chiang Mai, Tailândia
A culinário tailandesa usa muito o arroz e o coco
Bolinho de arroz com coco, em Chiang Mai, Tailândia
bolinhos de arroz com leite de coco, uma das delícias da culinária tailandesa
Templo no mercado noturno em Chiang Mai, Tailândia
Um pequeno templo em meio ao mercado de domingo
Buda num templo e Chiang Mai, Tailândia
Lá dentro, um Buda cercado de oferendas
barraquinhas vendendo o artesanato tailandês, em Chiang Mai, Tailândia
Na rua, diversas barraquinhas vendendo o artesanato tailandês

Onde se hospedar

O centro da cidade sempre é o melhor local para se hospedar. Em Chiang Mai, nós escolhemos o Cozitel, super bem localizado. Era um 3 estrelas muito agradável, funcionários super simpáticos e um café da manhã delicioso. Por duas noites, pagamos THB 2.646 – em torno de 200 reais. E quando saímos, ganhamos lembrancinhas. Coisas de Chiang Mai.

Fachada do hotel em Chiang Mai, Tailândia
A fachada do hotel e as bicicletas para alugar
Quarto do hotel em Chiang Mai, Tailândia
Quarto confortável, cama grande e um ótimo banheiro
Café da manhã do hotel Cozitel, em Chiang Mai, Tailândia
Café da manhã farto e saboroso

Quanto tempo ficar

Chiang Mai é uma cidade com muito a explorar. Imagino que 4 dias sejam suficientes para ver tudo o que a cidade oferece – cuidar de elefantes, ver os tigres e outras atividades interessantes.

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autor(a)

Sônia Pedrosa

Sônia Pedrosa

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comentários

10 respostas

  1. Sônia querida, você presentifica estas maravilhosas viagens, eu me sinto lá, me encantando surpreendentemente com tudo….. obrigada belalinda amiga.

  2. Tenho muita curiosidade de conhecer a Tailândia, são tantos destinos diferentes né? Eu não conhecia Chiang Mai, mas morro de vontade de conhecer essas mulheres com colares no pescoço

  3. Achei seu post super nostálgico! Fui para CHiang Mai em 2017. Conheci as muheres do povo Kayan. Nos hospedamos dentro da cidade antiga então fomos a pé nos templos de Wat Phrathat Doi Sutherp e Wat Phra Singh, além do night market. Queria ter ido com guia porque eu não conhecia a história desses templos. Conheci os templos fazendo caminhada. Preferia saber mais a respeito como a historia do elefante. pena que vocês ficaram só 2 dias. Ficamos 7 e ainda faltou passeio para fazer por lá! Obrigada pelo delicioso post!

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