Cânions do Xingó: uma surpresa nordestina

Os Cânions do Xingó são o resultado do represamento das águas do Rio São Francisco, para a construção da Usina Hidrelétrica de Xingó. Eles ficam na divisa dos estados de Sergipe e Alagoas e estão em quinto lugar, no mundo, quando o assunto é a navegabilidade. São, também, uma das melhores opções de passeio de quem vai a Aracaju.  Abaixo, você vai conhecer essa linda região, no alto sertão de Sergipe.

Cânions do Xingó: a 210 km de Aracaju

Para chegar lá, é preciso pegar um catamarã na cidade de Canindé de São Francisco, a 210 km de Aracaju – capital sergipana. Saindo de Aracaju, o passeio pode ser um bate e volta, se não houver outro jeito. Mas, fica corrido. Há muito o que ver na redondeza.

De Aracaju para os Cânions do Xingó

Para chegar a Canindé, de carro, pegue a BR 101, no sentido de Maceió/AL. Passe pelas cidades de Areia Branca, Itabaiana, Ribeirópolis, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo e, finalmente, Canindé de São Francisco. Também existe a possibilidade de contratar os serviços de uma operadora local, que faz o passeio de van.

Karranca’s

É no restaurante Karranca’s, que acontece o embarque. Em Canindé, há muitas placas indicando a direção. Lá, é possível comprar o passeio, que dura 3 horas e custa R$ 110,00. Crianças de 0 a 4 anos não pagam. De 5 a 9 anos pagam metade e, de 10 anos em diante, pagam como adulto. Pode-se fazer a reserva do catamarã, também, pelo telefone (79 99869-6428), e comprar o ingresso na hora do passeio.

Cânions do Xingó: o passeio

O embarque é organizado, o guia chama os passageiros pelo nome, sem correria. O domingo é mais concorrido, mas o sábado é tranquilo. Se você não gosta de muvuca, evite os domingos. O horário fixo do passeio é às 11:30. Na volta, o almoço é no Karranca’s, que oferece um buffet variado, a R$ 39,00, ou se você preferir, há opções à la carte. 

Comodidades

O catamarã tem banheiro, chuveiro e uma lanchonete que vende bebidas e sorvetes. A embarcação é aberta, mas os passageiros podem escolher tomar sol ou ficar na sombra, durante o trajeto. 

O que ver nos Cânions do Xingó

Com 10 minutos de viagem, já dá para perceber a beleza da região, o contraste dos paredões vermelhos, de 50 metros de altura, com a água verde-esmeralda do Rio São Francisco. Pelo caminho, o guia chama a atenção para o Morro dos Macacos, a Pedra do Gavião, a Pedra do Japonês, altar de São Francisco e o Paraíso do Talhado.

Paredões vermelhos

Aos poucos, os paredões de pedras arenítica vão se estreitando…parece que foram esculpidas à mão, mas a corrosão natural do tempo é que é responsável pelas formas das rochas. Afinal, elas estão ali há 60 mil anos!

Paraíso do Talhado

O ponto alto do passeio é o Paraíso do Talhado, com o Porto de Brogodó. Neste lugar, o catamarã para e, por uma hora, as pessoas podem mergulhar nas águas do São Francisco. Uma pequena estrutura, com boias e lanchonete, está à disposição do turista. Ali, a profundidade fica em torno de 10 metros. Mas, todos ficam numa área reservada, cercada por redes, onde não há perigo.

Gruta do Talhado

Ainda há opção de, ali mesmo, pegar um barquinho e ir até a Gruta do Talhado – um lugar onde a paisagem se transforma, os paredões se estreitam pra valer. O passeio custa R$ 10,00 e é pago à parte.

Observações finais: a região dos Cânions do Xingó só se tornou navegável com a construção da Usina Hidroelétrica do Xingó – a mais moderna do país, que deu origem ao reservatório de 65 quilômetros de extensão. A usina produz 500 mw de energia por segundo e atende 25% da região nordeste. Ela está em funcionamento desde 1994.