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Budapeste: o guia definitivo para uma viagem inesquecível

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Parlamento de Budapeste, Hungria
Parlamento de Budapeste, Hungria

Se você nunca pensou em conhecer Budapeste, a capital da Hungria, está na hora de considerar esta possibilidade. A cidade recebe, por ano, quase 5 milhões de visitantes. E todos, posso garantir, ficam encantados com o que a cidade oferece: arquitetura, monumentos históricos, gastronomia, museus e paisagens de tirar o fôlego. Só peço que você leia este post, com dicas do que fazer, ver, onde ficar, o que comer. No final, você vai estar fazendo planos para as suas próximas férias.

Budapeste onde fica

A capital  húngara fica no no norte do país, que faz fronteira com a Romênia, Croácia, Eslováquia, Áustria, Sérvia e Ucrânia.

O início de Budapeste

A história de Budapeste tem início com a cidade mais antiga, Ôbuda, ocupada pelos celtas, até que os romanos chegaram no século I a.C. Budapeste foi fundada em 17 de novembro de 1873, com a fusão de Ôbuda e Buda, que ficavam na margem direita do Danúbio e peste, na margem esquerda.

Localização de Budapeste no mapa da Hungria
A localização de Budapeste no mapa da Hungria. Google.

Budapeste como é

Com mais de 1 milhão e 700 mil habitantes, trata-se do maior centro comercial da Hungria e uma das maiores cidades da União Europeia. É cortada de norte a sul pelo rio Danúbio, que a divide em duas: Buda na margem direita e Peste, na margem esquerda. Buda é a parte montanhosa. Peste é plana e mais moderna. Nove pontes ligam a cidade.

Vista do Parlamento
parlamento de Budapeste, o cartão postal mais bonito e clássico da cidade

A língua

O húngaro é o idioma oficial do país, com mais de 15 milhões de falantes. Trata-se de uma língua impossível, que dificulta um cumprimento, tipo “bom dia”. Confesso que não deu para decorar “Jó reggelt kívánok”. Mas todos falam inglês e como se trata de uma cidade acostumada ao turismo, todos se disponibilizam a entender o inglês de viagem de qualquer visitante.

Moeda

O Florim Húngaro equivale a 25 centavos de dólar. Os cartões de crédito e débito são aceitos em grande parte dos estabelecimentos. Mas é sempre bom ter algum dinheiro em espécie para compras em pequenas lojas e mercados. Não achei a cidade barata, como já foi um dia.

Budapeste quando ir

Nós fomos no final do inverno e estava absurdamente frio. Talvez, o vento tenha potencializado a temperatura. Se esta é a sua época preferida para viajar, prepare-se e não esqueça os gorros e as luvas, além dos casacos. Nas demais estações, de acordo com as informações que tivemos, a temperatura é bastante agradável e isso contribui para a sua bagagem ser menos volumosa.

Sonia no frio
Bem agasalhado, não tem como passar frio

Para chegar a Budapeste

Não existem voos diretos do Brasil para o principal aeroporto da cidade, o Liszt Ferenc. As companhias aéreas Lufthansa, Air France, Turkish Airlines, KLM e outras oferecem os voos com conexão. A dica é aproveitar e esticar em dois ou três dias a conexão para dar uma conferida numa cidade que você ainda não conhece. Você só vai pagar a taxa de embarque. Nós chegamos a Budapeste de carro, vindos de Sapanta, na Romênia.

Do aeroporto para o centro de Budapeste

A cidade é muito bem servida de ônibus, metrô e trem. E no aeroporto, que fica a 20 quilômetros do centro da cidade, você pode escolher o transporte público expresso ou convencional, táxi, transfer, van ou alugar um carro. A gente costuma contratar um transfer – é mais cômodo encontrar alguém esperando a gente com a plaquinha na mão.

Transporte público

Pegando o ônibus 100E, é possível chegar às 4 linhas do metrô. O terminal fica na Praça Deák Ferenk, no centro de Budapeste. O bilhete, você pode comprar nas máquinas BKK, no aplicativo Budapest GO ou com o motorista.

Táxi

Főtaxi é a empresa oficial que atende o aeroporto e você pode fazer a reserva do carro num dos quiosques da empresa, nas entradas dos terminais 2A e 2B. A corrida até o centro custa em torno de 25 euros.

MiniBUD – van

As vans oferecem um serviço compartilhados, de pegar e levar os visitantes para os seus hotéis e trazê-los de volta  para o aeroporto, onde você vai encontrar o balcão de reserva.

Como se locomover em Budapeste

Como já falei, o transporte público é muito bom – fica explícito que lá, o governo trabalha para o povo, respeita o contribuinte, como deveria ser em qualquer lugar do mundo. A BKK ( Budapesti Közlekedési Központ) é a empresa responsável e oferece um aplicativo que pode ajudar muito – BKK Futár, para você escolher o transporte mais adequado: o ônibus, com mais de 200 linhas; o metrô, que tem 4 linhas e é muito simples de usar; o bonde, que cobre todo o centro histórico com as suas 40 linhas, além do trólebus, tram, trem, táxi e Uber.  Mas a cidade propicia as caminhadas. E bater perna é a melhor forma de conhecer uma cidade.

Rio Danúbio e calçadão para caminhada em Budapeste, Hungria
Rio Danúbio e calçadão para caminhada em Budapeste, Hungria

Onde se hospedar

Como costumo falar, a localização é fundamental para o sucesso da estada em qualquer lugar do mundo. Sempre escolhemos o centro da cidade, por concentrar a maioria das atrações, o que facilita a locomoção a pé. Em Budapeste, você pode escolher entre Buda, que é mais chique, arborizada e mais cara, e Peste, que é onde está o comércio, é mais movimentada e também, mais barata.

Nós escolhemos o hotel Bristol Budapeste, em Peste, próximo à estação de trem e metrô, keleti Pályaudvar, bem no centro da cidade e recomendamos. Nos arredores, muitos restaurantes, bares e lanchonetes.

Hotel Bristol
Limpo, espaçoso, café da manhã legal e bem localizado. é o que a gente busca
Estação keleti Pályaudvar
A bela e imponente estação keleti Pályaudvar, num fim de tarde.

Quanto tempo ficar

Eu sou daquelas que quanto mais tempo numa cidade, melhor. Numa cidade grande como esta e com tantas atrações, não dá para ficar menos que 4 dias.

Budapeste o que ver e fazer

Budapeste de bicicleta

Há muito o que ver em Budapeste e, para explorar toda a cidade, além de caminhar, você precisa escolher o meio de transporte para chegar aos locais mais longínquos. Alugar uma bicicleta é uma ideia. Desde 2019, a cidade vem usando, cada vez mais, as bicicletas e desse tempo para cá, o tráfego da magrela cresceu 18% – de acordo com o Clube Húngaro de Ciclistas. Há várias estações com bicicletas públicas que podem ser alugadas através de aplicativos. Um deles é o Mol Bubi.

Parlamento Húngaro

Como dá para perceber, o Parlamento Húngaro, terceiro maior do mundo, foi inspirado no Parlamento Inglês. Sua construção, que consumiu 40 milhões de tijolos, foi concluída em 1904, para o milésimo aniversário de fundação do estado da Hungria.  O Parlamento Húngaro foi o primeiro prédio da Europa a ter ar-condicionado e aquecimento. A visita, que dura uma média de 50 minutos, inclui a câmara das sessões plenárias, o salão da cúpula, com a coroa real e as regalias da coroação. O Ingresso para visitantes adultos custa HUF 8.400 e ele também pode ser comprado pela internet.

Budapeste: Parlamento Húngaro, em Budapeste, Hungria
O Parlamento Húngaro visto de Buda, com suas 365 torres e 242 estátuas.
Parlamento Húngaro, em Budapeste, Hungria
Mais de 40 quilos de ouro foram usados na decoração do Parlamento Húngaro.
Sônia e João Miguel, com o Parlamento como cenário. Em Budapeste, Hungria
Registro para a posteridade

In Memoriam 1956 – Október 25

Logo atrás do prédio do Parlamento, na Praça Ljuskoskostu, uma entrada para o subsolo chama a atenção. Trata-se de um memorial que homenageia a revolta húngara, conhecida como Quinta-feira Sangrenta, contra o governo da União Soviética, em 1956. Numa manifestação pacífica, os soldados atiraram e mataram centenas de pessoas.

Entrada para o In Memoriam 1956 - 25 de Outubro
O discreto e significativo museu
A entrada do Museu
Entrada para o museu e, lá atrás, o Kossuth Lajos Monument.

Sapatos às margens do Danúbio – Cipök a Duna-parton

A uns 300 metros do Parlamento Húngaro, este monumento comovente chama a atenção de quem passa por ali: são esculturas de sapatos ao longo do Rio Danúbio, que homenageiam os judeus mortos pela milícia da Cruz de Ferro. Antes de serem fuzilados, os judeus aprisionados tinham que tirar as roupas e os sapatos e deixavam nesse local. Quando fuzilados, seus corpos caiam no rio. Ao todo, são 60 pares de sapatos de homens, mulheres e crianças, esculpidos em aço.

Sapatos no Danúbio, em Budapeste, Hungria
Uma placa registra a data da homenagem: 16 de abril de 2005. 

Avenida Andrássy

Esta avenida, Patrimônio Mundial da Unesco, tem mais de 2 mil metros de comprimento. Ela foi construída com cubos de madeira e, por diversas vezes, foi renomeada, tendo, inclusive, se chamado Stalin, em homenagem ao líder comunista. Hoje, leva o nome do estadista Gyula Andrássy, primeiro ministro e também responsável pelo novo layout da avenida, com ideias que trouxe de Paris.

Ao longo da Avenida Andrássy, a gente encontra palácios, lojas elegantes e alguns jardins de antigas residências, além de prédios importantes como a Ópera Estatal, o belíssimo exemplar de Art Nouveau,  Párizsi Nagy Áruház – Loja de departamentos Paris, que fechou em 2017 e hoje, na cobertura, tem o 360º Bar, de onde se tem uma linda vista da cidade. A avenida também é o endereço da Universidade Húngara de Belas Artes, o Museu Memorial Ferenc Liszt, o Museu Ferenc Hopp de Artes Asiáticas e o Museu Casa do Terror, onde centenas de judeus foram torturados, no porão, no inverno de 1944. Hoje, é um memorial dos mais importantes do país.

Ópera Estatal de Budapeste, Hungria
Por causa da guerra, a Ópera teve o seu orçamento anual diminuído em 600 milhões de HUF.
Párizsi Nagy Áruház, em Budapeste, Hungria
A Párizsi Nagy Áruház já foi casino, Fashion Hall e livraria. Hoje, no último andar tem um bar.
Museu Casa do Terror, em Budapeste, Hungria.
O memorial abriu as suas portas em 2002. foto do site

Praça dos Heróis

É nesta praça que acontecem as manifestações, os desfiles militares, missas e concertos. Ela fica no final da Avenida Andrássy e, assim como a avenida, também é considerada Patrimônio Mundial pela Unesco. No meio da praça, uma coluna de 36 metros de altura sustenta o Anjo Gabriel, no topo. Na base, os líderes das tribos húngaras estão representados e, ao redor, uma homenagem aos protagonistas da história do país. Em torno da praça, vários prédios importantes, como o Salão de Arte e o Museu de Belas Artes, com obras de importância internacional, como Goya, Rembrandt, Rodin, Monet e outros.

Sonia e João Miguel na Praça dos Heróis, em Budapeste, Hungria.
Segundo a população, nem todos os heróis estão representados na praça.
Base da coluna na Praça dos Heróis, em Budapeste, Hungria
A base da coluna e os heróis húngaros
Salão de Arte de Budapeste, Hungria
O belíssimo Salão de Arte, que exibe exposições temporárias
Museu de Belas Artes, em Budapeste, Hungria
O Museu de Belas Artes teve o mesmo arquiteto do Salão de Arte. Daí a semelhança.

Basílica de Santo Estêvão

Esta é a maior igreja da cidade e o prédio mais alto, também. Sua construção durou em torno de meio século, sendo inaugurada em 1905. Na capela lateral, está a mão direita do Rei Estêvão, que fundou o estado húngaro, e é considerado uma relíquia. Nesta igreja, alguns jogadores da Seleção Húngara de futebol, dos anos 50, estão sepultados, entre eles, Ferenc Puskás. Para ver a vista da cidade, do terraço em torno da cúpula, suba pela escada ou pelo elevador.

Igreja de Santo Estêvão, em Budapeste, Hungria.
A igreja tem mais de 90 metros de altura e capacidade para 8 mil pessoas.

Grande Sinagoga

A sinagoga da Rua Dohány é o coração do bairro judeu e a visita é imprescindível. Trata-se da maior sinagoga da Europa e a segunda maior do mundo. Na frente dela, só a de Nova Iorque. A sinagoga abriga um museu, um cemitério, onde estão sepultados os judeus que morreram no inverno de 1944/1945, e o Parque Memorial Raoul Wallenberg, que homenageia diplomatas que impediram a deportação de judeus na 2ª Guerra Mundial, concedendo passaportes. Ingressos para adultos, 8 mil florins, mais ou menos, 20 dólares.

A Grande Sinagoga, em Budapeste, Hungria
A sinagoga foi construída em 1859 em estilo mourisco e tem capacidade para 3 mil pessoas
O interior da Grande Sinagoga, Budapeste, Hungria
A belíssima sinagoga comporta 3 mil pessoas
Cemitério da Grande Sinagoga, Budapeste, Hungria.
O cemitério da Sinagoga não deixa de ser um jardim, onde estão sepultados 2.600 judeus.
Monumento na Sinagoga em Budapeste, Hungria
Em cada folha da Árvore da Vida, estão escritos os nomes dos judeus vítimas do holocausto.

Para visitar a sinagoga

Aberta de segunda a sexta-feira e domingo. No sábado, a sinagoga é fechada, assim como nos feriados judaicos. O ingresso, que também pode ser adquirido no site da sinagoga, custa 8000 Ft (em torno de 100 reais) para os adultos. Estudantes, crianças de 6 aos 12 anos e família têm desconto – 6.200 florins e 2.900 florins, respectivamente. O horário de funcionamento varia de acordo com a estação do ano. O ideal é olhar no site da Sinagoga.

Gueto Judeu

Durante a Segunda Guerra Mundial, o bairro se tornou um gueto judeu e logo depois, um campo de concentração. Daí, muitos foram enviados para os campos de extermínio. Os que sobreviveram aos campos, morreram de fome e de frio, sendo sepultados no cemitério da Sinagoga.

Mercado Central

Inaugurado em 1897, o maior mercado coberto da cidade é a visita que você não pode deixar de fazer. A Rainha Elizabeth, Lady Di e Margareth Thatcher já estiveram por lá.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a estrutura do mercado foi bastante comprometida e ele chegou a ficar em ruínas. Em 1994, o mercado foi restaurado e recuperou o status de antes.

Grande, limpo, iluminado e colorido, o mercado tem dois andares. Em cima, restaurantes com várias opções e preços justos. No térreo, várias bancadas que se dividem entre frutas, legumes, verduras, caviar, páprica e artesanato. Ele só fecha no domingo.

Fachada do Mercado Central, em Budapeste, Hungria.
A fachada do Mercado Central e o seu magnífico telhado
Mercado Central visto do segundo andar, em Budapeste, Hungria.
Visto de cima, dá para ver o espaço do Mercado Central
Tangerinas, morangos e outras frutas num balcão do Mercado Central de Budapeste, Hungria.
Tangerinas, maçãs, morangos e outras frutas se exibem coloridas num balcão do mercado
Doces irresistíveis na vitrine de uma loja, no Mercado Central de Budapeste, Hungria.
Doces irresistíveis na vitrine de uma loja.
Balcão com páprica no Mercado Central de Budapeste, Hungria.
O mercado Central é o melhor lugar para comprar páprica e outras especiarias.
Artesanato em Budapeste, Hungria
Papai Noel e outros personagens fazem parte do repertório de temas para as lembrancinhas.

As pontes de Budapeste

São nove pontes para ligar Buda a Peste e a Ponte das Correntes foi a primeira a ser construída. Finalizada em 1849 e reconhecida como o máximo da tecnologia de então, ela e todas as seguintes foram destruídas durante a Segunda Guerra Mundial. Além de ser um símbolo da capital húngara, a Ponte das Correntes é local de realização de festivais, maratonas e celebrações.

A Ponte da Liberdade liga a cidade nos pontos do Mercado Central (Peste) e Praça Gellert (Buda) e é facilmente identificada por causa das estátuas de bronze do pássaro turul, nos pontos mais altos da ponte. De acordo com a mitologia húngara, este pássaro deu origem ao povo húngaro, é símbolo de força e poder. Foi inaugurada pelo Imperador Franz Joseph, em 1896, ele mesmo dando o último retoque na ponte.

Para caminhadas e pedaladas, piqueniques e passeios agradáveis, a mais conhecida é a Ponte Margarida (Margit), que liga Buda e Peste à ilha de mesmo nome, que fica entre uma e outra. Inaugurada em 1876, só em 1900 que a ponte foi devidamente ampliada para a ilha. Foi totalmente reformada em 2011.

Ponte das Correntes, Budapeste, Hungria
A Ponte das Correntes e seus leões na cabeceira. Google Maps
Ponte da Liberdade, Budapeste, Hungria
A Ponte da Liberdade teve o nome do Imperador Franz Jozeph, no início.
Ponte Margarida, em Budapeste, Hungria
A Ponte margarida foi a segunda construída sobre o Danúbio.

Parque da Cidade

Este foi um dos lugares mais espetaculares que a gente visitou – meio que por acaso. Caminhando sem destino, pela cidade, a gente viu uma pista de patinação com algumas pessoas treinando. E fomo entrando até encontrar um castelo e outras edificações. Conhecido como Városliget, o parque é um dos primeiros espaços ao ar livre públicos criados no mundo. No início, era um local para os nobres cassarem. Hoje, é o principal espaço de lazer dos habitantes de Budapeste.

O Parque da Cidade abriga um zoológico, um parque de diversões, o Balneário Széchenvi, um castelo, dois museus e um lago que, no inverno, torna-se uma pista de patinação.

A entrada imponente e sugestiva do castelo
A entrada imponente e sugestiva do castelo
O castelo Vajdahunyad, em Budapeste, Hungria
O castelo Vajdahunyad foi construído para a exposição de 1896
A igreja do Castelo Vajdahunyad, no parque da Cidade, em Budapeste, Hungria
A igreja do Castelo Vajdahunyad
Museu Agrícola
Museu Agrícola, um dos mais importantes de Budapeste
A pista de gelo artificial, Városliget, em Budapeste, Hungria
A pista de patinação no inverno. No verão é um lago com 38 mil metros cúbicos de água.
patinadores na pista do Parque da Cidade
Patinadores treinando no parque da Cidade

Passeio de barco pelo Danúbio

O passeio de barco no fim da tarde pelo Danúbio vai lhe proporcionar as fotos mais lindas de Buda e de Peste. O passeio custa em torno de 9 euros e leva de 1 a 2 horas. Mas se você comprar o ticket do ônibus estilo hop on hop off, o passeio pode estar incluso.

Sonia e João Miguel e o Castelo de Buda, em Budapeste, Hungria
Nós fizemos o nosso passeio de barco no final da tarde. Pena que escureceu logo.

Buda e suas atrações

Ao atravessar a ponte, qualquer uma delas, o que a gente encontra é uma parte da cidade mais aristocrática, mais rica e muito bonita. Os atrativos são muitos e, para ver todos, você precisa dedicar mais que um dia. Vale muito a pena dar uma caminhada pelo centro histórico de Buda e explorar este pedaço importante da cidade e da história do país. Ali estão o Palacio Sandor, residência oficial do Presidente da Hungria, no momento, da Presidente do país; o Arquivo Nacional, a Igreja de Matias, do século 13; o Balneário Gellert, a Citadela, ruas e praças.

Rua em Buda, Budapeste, Hungria
Uma linda rua em Buda
Fachada do Palácio Sandor, em Buda, Budapeste, Hungria
Palácio Sandor, residência e gabinete da presidente do país, desde 2003.

Castelo de Buda

Reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, o Castelo de Buda também é chamado de palácio real ou castelo real, uma vez que já foi residência dos reis da Hungria. Sua construção foi finalizada em 1420, mas o castelo enfrentou várias guerras, foi destruído e reconstruído algumas vezes.

Lá, funcionam a Galeria Nacional Húngara, a Biblioteca Széchenvi e o Museu de História de Budapeste, todos eles com entrada paga.

No andar térreo do castelo, há tapeçarias e esculturas para ver. No subsolo, uma capela do século 14, o palácio medieval e um labirinto de mais 10 quilômetros de túneis que serviram de abrigo e esconderijo durante as guerras. Lá foram achadas ossadas femininas, o que leva a crer que ali existiu um harém turco, do ano de 1300.

Vários monumentos e esculturas decoram os jardins do castelo. Lá, você também vai encontrar restaurante e um café, lojinha de suvenir, além da bilheteria e guarda-volumes.

Fim de tarde e o Castelo de Buda, em Budapeste, Hungria
O Castelo de Buda no fim de tarde, quando as luzes estão sendo acesas.
Fonte de Matias, no Castelo de Buda, em Budapeste, Hungria
O Castelo e a linda fonte de Matias
Museu de História de Budapeste, em Budapeste, Hungria
Museu de História de Budapeste conta a história da cidade desde a Idade Média

Para chegar ao Castelo de Buda

Para subir a colina, você pode usar a escadaria que fica próximo à Ponte das Correntes ou pegar o funicular Budavári Sikló, que funciona das 7h30 às 22h e custa HUF 3.000 para os adultos e HUF 2.000 para crianças ou ainda pegar a ladeira, ao lado do funicular. Se preferir, também pode pegar os ônibus 16, 116 e 16A, que sobem a colina.

Funicular – Budavári Sikló

Uma vez em Buda, a forma mais pitoresca de chegar ao Castelo de Buda é pegando o funicular (Budavari Sikló). Inaugurado em 1870, este foi o segundo funicular da Europa. Obviamente, durante a Segunda Guerra, ele foi destruído, mas devidamente reconstruído, de acordo com o modelo original, em 1986. O funicular está localizado ao lado da Ponte das Correntes, na Praça Clark Ádám Ter, onde está o quilômetro zero da cidade, a partir de onde se medem as distâncias, e funciona das 7:30 às 22h.

Funicular
No funicular de Budapeste, adultos pagam HUF 3.000 e crianças, HUF 2.000

Air Defence Early Warning Listening Ears – 1917

Em frente aos jardins do Castelo de Buda, fica esse instrumento utilizado na Primeira Guerra Mundial. Ele servia para monitorar o céu, ouvir os ruídos dos aviões que se aproximavam. Trata-se de uma relíquia e, agora, uma obra de arte pública. Os visitantes podem utilizar os fones de ouvido que estão conectados aos 4 cones e ajustar a direção dos mesmos, mexendo no volante.

Air Defense Early Warning Listening Ears - 1917
Fiquei na dúvida se esse equipamento funcionava a contento.

Bastião dos Pescadores

Este monumento fica no alto da colina de Buda e foi o prédio que mais me impressionou. Levou quase 20 anos para ser construído e ficou pronto em 1902. As sete torres homenageiam as tribos que fundaram a Hungria, em 896. O nome do mirante se deve a uma associação de pescadores responsável pela defesa da área. No meio do espaço, uma estátua de Estêvão I a cavalo.

O Bastião dos Pescadores, em Buda
O belíssimo monumento Bastião dos Pescadores, é visita obrigatória de quem vai a Budapeste
Estátua de Santo Estêvão com a cruz apostólica e a maquete da Igreja Mathias., no Bastião dos Pescadores
Estátua de Santo Estêvão com a cruz apostólica e a maquete da Igreja de Matias.
Bastião dos Pescadores
A bela estrutura me lembra um castelo de areia

Igreja de Matias

Esta igreja, cujo nome oficial é Igreja de Nossa Senhora, está localizada no coração do Castelo de Buda, perto do Bastião dos Pescadores. Construída no ano de 1015, ela tem esse nome em homenagem ao rei Matias Corvino. Trata-se da igreja católica mais famosa da cidade e abriga os jazigos do rei Bela III e sua mulher, Ana de Châtillon. Preste atenção no telhado colorido, nos vitrais e no altar em estilo gótico, onde Nossa Senhora está com uma réplica da coroa da Hungria. Ingressos para adultos: 1500 HUF.

Igreja de Matias
Por causa da acústica, a programação da Igreja de Matias contempla concertos de música clássica

Igreja Rupestre

Esta igreja se diferencia das demais porque ela foi escavada na Colina Gellert. Inspirados nas construções de Lourdes, na França, os monges paulinos abriram a caverna em 1920 e, depois de consagrada, em 1926, serviu de igreja e mosteiro, além de hospital durante a Segunda Guerra, para os nazistas. Em 1951, a capela foi fechada, só voltando a abrir em 1989. Em 1992, ela foi restaurada, retomando as atividades religiosas.

Igreja Rupestre, em Buda
Também chamada de igreja na pedra, por dentro a Igreja exibe paredes sem nenhum tratamento.

Citadella

A melhor vista da cidade é do alto da Citadella, construída em 1854, no topo do Monte Gellert, para fazer a vigilância de Budapeste. Lá em cima, do alto dos 235 metros de altura, fica uma fortaleza, além de mirantes, restaurantes e uma feirinha. No interior da fortaleza, no subsolo, um bunker russo de 3 andares, transformado em museu, justifica a visita. Para chegar até lá, escolha um dos caminhos e vá a pé. Um deles começa na escada próxima à Ponte Elizabeth. Outro, na Praça Szent Gellert. Lá em cima, também está o Monumento da Libertação ou Estátua da Liberdade, vista de longe, por quase toda a cidade.

Gellert é o nome do missionário que levou o cristianismo para a região. Hoje, é o padroeiro da cidade, mas acredita-se que ele foi jogado do alto do morro, dentro de um barril.

Estátua da Liberdade, no Monte Gellert, em Buda
Fim de tarde, quando as luzes começam a ser acesas, é o horário ideal para subir a colina

O que comer em Budapeste

Sempre que viaja, a gente procura experimentar a comida do país. em Budapeste não foi diferente. A gente já chegou sabendo o que queria conferir. Os pratos são fartos, apimentados, carne de porco, frango, com muita páprica, além de sopas, ensopados e sobremesas de dar água na boca.

O Goulash é um dos pratos mais populares, tópico daquela região. Carne cozida com cenoura e batata, e muita páprica, além de outros condimentos. É bastante picante. Paprikás Scirkes é à base de frango com páprica, como o nome sugere. O frango é servido em pedaços e tem um molho bem cremoso por cima. O Töltötti Káposzta é o repolho recheado com carne, arroz, verduras e legumes, com um molho de creme de leite. O Lángos está no topo das preferências quando se fala em fast food, tanto pelos locais quanto pelos visitantes. Trata-se de uma massa, quase uma pizza, com diversos recheios. No Mercado Central, encontramos um lugar que vendia Lángos – de tão concorrido, achamos que deveria ser o melhor da região. Por isso, enfrentamos a fila para experimentar.

langos com recheios doces e salgados, no Mercado Municipal
Recheios doces e salgados para o Lángos
Lángos com recheios salgado, no Mercado Municipal
O Lángos escolhido por mim

Onde comer em Budapeste

Opção é o que não falta, como em qualquer cidade grande – para todos os gostos e bolsos. Restaurantes, bistrôs, cafeterias, pizzarias e lanchonetes estão por toda parte. O Mercado Central é um sugestão – a oportunidade para experimentar as iguarias locais, em especial, o Lángos.

Em Buda, experimentamos o Jamie Oliver’s Italian, onde, obviamente, pedimos massa.

Tagliatelle Bolongnesa
Pedimos pratos iguais: Tagliatelle com molho Bolognesa.

New York Café

Para momentos inesquecíveis, visite o histórico New York Café, com mais de 120 anos e um dos mais bonitos do mundo. Ele fica dentro do Anantara New York Palace Hotel. O café recebe artista e poetas locais há mais de 50 anos e serve várias delícias, entre elas, bolos com ouro 24 quilates.

New York Cafe
Fachada do hotel e entrada para o New York Cafe.
New York Café
A bela escadaria na entrada do New York Café. Foto do site do Café
New York Café
O luxo do salão de chá do New York Café. Foto do site.

Termas

Nenhuma capital do mundo tem tantos banhos termais como a capital húngara. São mais de 30 endereços dotados de piscina, banhos a vapor e saunas.  Budapeste foi construída em cima de uma das maiores reservas de água termal do mundo e a visita a uma delas é imprescindível – para relaxar, aproveitar os benefícios das águas ou, simplesmente, conhecer. Você pode escolher entre Rudas, Veli Bej – os mais bonitos e antigos banhos turcos de Budapeste e menos turísticos que os famosos Gellert (18 euros no final de semana) e Széchenyi (um dos maiores da cidade e ao lado do Parque da Cidade – 20 euros).

Budapeste, Hungria
Széchenyi. Foto do site
Termas Géllet, em Budapeste, Hungria
Gellert. Foto do site

Dica para a sua viagem a Budapeste

Compre o Cartão Budapeste se for passar mais de 3 dias na cidade. Com ele, você vai ter direito a viagens ilimitadas no transporte público, inclusive, o funicular, em Buda; descontos em restaurantes, spas, aluguel de carros e lojas; entrada gratuitas ou com desconto em vários museus. Você pode comprar o cartão para 24 horas (29 euros), 48 horas (43 euros); 72 horas (54 euros); 96 horas (69 euros) e 120 horas 82 euros).

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autor(a)

Sônia Pedrosa

Sônia Pedrosa

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comentários

24 respostas

  1. Sônia está de parabéns, me senti agora em Budapeste, que lugar lindo e interessante, com todos os detalhes de fotos e explicações sobre a capital da Hungria não tem como se encantar e querer ver de perto.

  2. Que lugar maravilhoso, estou impressionada. Adorei conhecer as dicas do que fazer em Budapeste. Que luxo o salão de chá do New York Café. Que lugar lindo

  3. Estive em Budapeste na hungria, no inverno de 2019, a cidade é realmente linda como você bem mostrou. Mas olha, coragem, o vento do inverno é CRUEL kkkkkkkk nunca senti tanto frio.

  4. Eu estive em Budapeste uma vez e sou doidinha para voltar. Essa cidade me impressionou demais, é muita beleza! Adorei seu post, tem vários lugares que não fui 🙂

  5. Budapeste deve ser incrível! Que lindo esse parlamento! E essa Sinagoga? É linda demais!!!! E esse New York Café? Que coisa linda!!! Essas termas também? Que vontade de conhecer!! Agora preciso começar a me planejar pra ir pra Hungria. A moeda é US$0,25 ? O ingresso do HUF 8.400 ou 840? Achei caro

    1. Cíntia,
      Budapeste é uma cidade maravilhosa em vários aspectos, mas também achei uma cidade cara, mesmo 1 florim correspondendo a 25 centavos de dólar. 1 dólar corresponde a 4 florins. E a entrada na sinagora é cara, mesmo. Até retifiquei no blog e coloquei o link para a compra do ingresso. Para adultos, ele custa 8000 Ft (em torno de 20 dólares). Estudantes, crianças de 6 aos 12 anos e família têm desconto – 6.200 florins, 2.900 florins e 18.400 (2 adultos e 2 crianças), respectivamente.

  6. Quanta lindeza existe em Budapeste. É um destino completo, quanta riqueza arquitetônica e cultural. Adorei o mercado e a termas. Achei incrível a possibilidade de conhecer a cidade de bicicleta.

  7. Tenho muita vontade de fazer uma viagem pelo leste europeu e conhecer Budapeste, na Hungria. Adorei as dicas! Super completas e detalhadas, certamente vão ajudar muito quando a viagem puder se concretizar. Obrigada pelo post!

  8. Budapeste é fantástica, quem foi quer voltar!! Amei viajar novamente para lá neste blog repleto de informações e fotos incríveis! Me senti tirando fotos na fonte de Matias e em tudo mais!! Show!

    1. Que legal, Tamara!
      É muito bom reviver uma viagem que a gente gostou tanto, né?
      Obrigada por essas palavras tão gentis.
      Grande abraço!

  9. Budapeste foi uma cidade que incluí em nosso roteiro pelo leste europeu sem muitas expectativas, já tinha visto muitas fotos mas o que mis estava vivo em minha memória foi um GP de fórmula 1 que assisti com meu pai quando criança. Lembro demais de ver as imagens e a narração de que eram 2 cidades unidas por uma ponte. Aquilo levou minha imaginação a mil. Estive lá e entendi bem o que aquela observação dizia.

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